Brasil

Bolsonaro dá posse a Marcelo Queiroga como ministro da Saúde

Posse ocorreu em uma cerimônia reservada no Palácio do Planalto, mesmo antes de ter seu nome confirmado na publicação oficial do governo

Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga (Ueslei Marcelino/Reuters)

Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga (Ueslei Marcelino/Reuters)

AM

André Martins

Publicado em 23 de março de 2021 às 13h41.

Última atualização em 23 de março de 2021 às 15h54.

O governo federal publicou nesta terça-feira, 23, edição extraordinária do Diário Oficial da União (DOU) para formalizar a nomeação do médico cardiologista Marcelo Queiroga como ministro da Saúde, no lugar do general Eduardo Pazuello.

Queiroga é o quarto titular da pasta na gestão de Jair Bolsonaro. Ele tomou posse hoje mais cedo, em uma cerimônia reservada no Palácio do Planalto, mesmo antes de ter seu nome confirmado na publicação oficial do governo.

Queiroga foi anunciado como novo chefe da pasta na última segunda-feira, 15, após explosão de novos casos e de mortes por causa da covid-19 no País.

A posse estava inicialmente marcada para quinta-feira, mas Bolsonaro decidiu antecipar o evento para permitir que Queiroga participe já como chefe da pasta na quarta-feira da reunião sobre a pandemia com os demais chefes de Poderes, pedida pelo presidente.

O governo ainda não definiu qual será o futuro de Pazuello. Uma das possibilidades em discussão no governo é Pazuello assumir a Secretaria Especial do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), que deve sair da Economia e ir para o guarda-chuva da Secretaria-Geral da Presidência.

Mas, conforme o Broadcast Político apurou, ao menos cinco ministros entraram em campo para tentar dissuadir Bolsonaro da ideia. A avaliação é de que não há tempo a perder na agenda de concessões, e que dar o posto ao general, cuja atuação no Ministério da Saúde era criticada, pode ser fatal para a imagem da gestão Bolsonaro nessa área.

Quem é o novo ministro

Marcelo Queiroga é graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Paraíba. É especialista em cardiologia e tem doutorado em Bioética pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto/Portugal.

Atualmente, dirige o departamento de hemodinâmica e cardiologia intervencionista (Cardiocenter) do Hospital Alberto Urquiza Wanderley (Unimed João Pessoa) e é médico cardiologista intervencionista no Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, também na Paraíba. É presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia.

Atuou como dirigente da Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista, na qual já exerceu a presidência no biênio 2012/2013, sendo membro permanente do seu Conselho Consultivo. Integra ainda o Conselho Regional de Medicina do Estado da Paraíba como Conselheiro Titular.

De perfil técnico, Queiroga atuou na equipe de transição do governo de Michel Temer para Bolsonaro no fim de 2018. Em setembro do ano passado, encontrou-se com o presidente no Planalto e chegou a postar uma foto com ele. O médico é considerado uma pessoa com jogo de cintura para construir uma política de saúde que possa funcionar contra a pandemia, sem contrariar suas convicções.

Acompanhe tudo sobre:CoronavírusGoverno BolsonaroMinistério da SaúdePandemia

Mais de Brasil

Lira diz que medidas de corte de gastos contarão 'com boa vontade' da Câmara e que IR fica para 2025

Unicef pede para Austrália consultar jovens sobre lei que restringe acesso a redes sociais

Expectativa de vida do brasileiro sobe para 76,4 anos e supera índice anterior à pandemia, diz IBGE

Sobe para 115 o número de voos cancelados em Congonhas por conta da chuva em SP