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Bolsonaro busca apoio de mais pobres com Casa Verde Amarela

Popularidade do presidente tem crescido entre população de renda mais baixa, principalmente por causa do auxílio emergencial de R$ 600

Rogério Marinho e Bolsonaro: Sem a presença de Guedes, evento de lançamento foi protagonizado pelo ministro do Desenvolvimento Regional (Adriano Machado/Reuters)
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Bloomberg

Publicado em 26 de agosto de 2020 às 06h00.

Última atualização em 26 de agosto de 2020 às 06h25.

O presidente Jair Bolsonaro lançou nesta terça-feira um novo programa habitacional para consolidar sua popularidade entre os mais pobres, principalmente no Norte e Nordeste, redutos tradicionais de governos petistas.

Sem a presença de Paulo Guedes, o evento de lançamento foi protagonizado pelo ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.

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Batizado de Casa Verde Amarela, o programa é uma nova versão do Minha Casa Minha Vida, lançado em 2009 pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A previsão é que ele ajude 1,6 milhão de famílias a comprar moradias com juros reduzidos até 2024 com um custo de quase R$ 26 bilhões, sendo a maior parte dinheiro do FGTS.

A popularidade de Bolsonaro tem crescido entre os mais pobres, principalmente por causa do auxílio emergencial de R$ 600,00 pago a trabalhadores informais durante a pandemia. A ajuda custa R$ 254,4 bilhões aos cofres públicos e será a maior responsável pelo déficit fiscal recorde do país em 2020, de 11% do PIB.

Mas o presidente quer mais. Ele já anunciou que a ajuda emergencial, prevista para terminar em setembro, será prorrogada até o final do ano e ainda não chegou a um acordo com o ministro da Economia em relação ao montante.

O ministro diz que não há dinheiro para continuar pagando R$ 600,00 e propôs reduzir o benefício para R$ 250, segundo pessoas a par do assunto, mas Bolsonaro disse em evento na semana passada que isso não é suficiente.

O presidente e Guedes também não chegaram a um acordo sobre o novo programa social que deveria ser lançado hoje, denominado Renda Brasil, que vai substituir a ajuda emergencial em 2021, como parte de um grande plano pós-pandemia, disseram duas pessoas com conhecimento do assunto, que não quiseram se identificar porque o assunto não é público. O Ministério da Economia não comentou.

No evento desta terça-feira, Bolsonaro acabou referindo-se ao presidente da Caixa, Pedro Guimarães, como “PG2”: “Quero cumprimentar o nosso prezado PG2, Pedro Guimarães, o presidente da Caixa, que não mede esforços para atender a nossa sociedade”, disse Bolsonaro.

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