Brasil

As três menores cidades do Brasil têm menos habitantes que condomínios de SP

O Brasil tem 203.062.512 habitantes, segundo o Censo 2022, realizado pelo IBGE

Serra da Saudade (MG): a cidade menos populosa do Brasil. (Prefeitura Serra da Saudade - MG/Divulgação)

Serra da Saudade (MG): a cidade menos populosa do Brasil. (Prefeitura Serra da Saudade - MG/Divulgação)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 30 de junho de 2023 às 16h54.

Somos 203.062.512 habitantes no Brasil, segundo dados do Censo Demográfico 2022. Desde 2010, quando foi realizada a última pesquisa, a população do país cresceu 6,5%, ou 12.306.713 pessoas a mais. Isso resulta em uma taxa de crescimento anual de 0,52%, a menor já observada desde o início da série histórica iniciada em 1872, ano da primeira operação censitária do país. O número oficial também representa uma redução da estimativa do IBGE, que considerava que o país tinha 213 milhões de pessoas.

Desde o primeiro Censo, há 150 anos, o Brasil aumentou sua população em mais de 20 vezes: ao todo, um acréscimo de 193,1 milhões de habitantes. O maior crescimento, em números absolutos, foi registrado entre as décadas de 1970 e 1980, quando houve uma adição de 27,8 milhões de pessoas. Mas a série histórica do Censo mostra que a média anual de crescimento vem diminuindo desde a década de 1960.

As três cidades com menos de mil habitantes

As menores cidades do Brasil têm menos habitantes que diversos condomínios de São Paulo, a maior cidade do país. Somente no edifício Copan, no centro da capital paulista, vivem mais de 5.000 moradores.

  • Serra da Saudade (MG) - 833
  • Borá (SP) - 907
  • Anhanguera (GO) - 924

As 100 cidades menos populosas do Brasil

Os municípios com mais habitantes

O que é o Censo?

O Censo é uma pesquisa realizada pelo IBGE a cada dez anos para fazer uma ampla coleta de dados em todos os municípios brasileiros. Ele tem como objetivo calcular os habitantes do território nacional, identificar suas características e revelar como vivem os brasileiros.

A coleta acontece por meio de uma pesquisa quantitativa dividida em dois questionários. O questionário básico inclui 26 perguntas sobre a quantidade de pessoas que moram no domicílio, características do morador, renda mensal, identificação étnico-racial e grau de escolaridade. A existência de abastecimento de água, saneamento básico, energia elétrica também são questionadas pelo recenseador.

O outro questionário tem 77 perguntas e mergulha no perfil do morador. As perguntas vão desde a quantidade de computadores com acesso à internet até qual é o tempo de deslocamento da pessoa da casa ao trabalho.

O último Censo, realizado em 2010, contou com 191 mil recenseadores e contabilizou 190,7 milhões de pessoas morando em 5.565 municípios brasileiros. A coleta de dados durou quatro meses e indicou um aumento da concentração da população urbana de 81% em 2000 para 84% dez anos depois.

Qual é a importância do Censo demográfico?

A coleta do Censo produz informações para a definição de políticas públicas e tomada de decisão de investimento em qualquer nível de governo ou da iniciativa privada.

Os dados são utilizados para definir os repasses da União para estados e municípios, uma vez que o valor considera os números populacionais.

As informações detalhadas fornecidas pelo Censo sobre o perfil da população em determinadas áreas ajudam prefeitos, governadores e o presidente da República a definir prioridades em relação a saúde, educação, assistência social, transportes e cultura, entre outros.

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