Pacheco, Lula e Vital do Rêgo: presidente entregou projeto de novo arcabouço. (Ricardo Stuckert/PR/Divulgação)
Redação Exame
Publicado em 19 de abril de 2023 às 06h13.
O relator do projeto do novo arcabouço fiscal deve ser nomeado nesta quarta-feira, 19. De acordo com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o objetivo é dar celeridade ao trâmite do texto. Na expectativa do parlamentar, as discussões na Câmara devem ser concluída até o dia 10 de maio, aí o debate segue para o Senado.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entregou ao Congresso Nacional na terça-feira, 18, a proposta do novo arcabouço fiscal. O projeto é uma alternativa a atual regra fiscal que regula todos os gastos do governo federal. Antes da entrega simbólica, o governo divulgou o texto final para a imprensa.
O principal objetivo da nova lei é propor um compromisso de superávit primário em bandas para zerar o déficit público a partir de 2024. Na nova política fiscal, haverá uma combinação de limite de despesa mais flexível que o teto de gastos com uma meta de resultado primário (resultado das contas públicas sem os juros da dívida pública).
O novo arcabouço fiscal limitará o crescimento da despesa a 70% da variação da receita dos 12 meses anteriores. Ou seja, se no período de 12 meses, de julho a junho, o governo arrecadar R$ 1 trilhão, poderá gastar R$ 700 bilhões
O arcabouço fiscal é um conjunto de medidas, regras e parâmetros para a condução da política fiscal - controle dos gastos e receitas de um país. O governo busca, com isso, garantir credibilidade e previsibilidade para a economia e para o financiamento dos serviços públicos como saúde, educação e segurança pública.