Anvisa aprova venda do remédio contra covid-19 da Pfizer em farmácias
Medicamento para tratamento da Covid-19 só pode ser vendido com receita. Prazo de validade também foi ampliado
André Martins
Publicado em 21 de novembro de 2022 às 14h02.
Última atualização em 21 de novembro de 2022 às 14h15.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária ( Anvisa ) aprovou por unanimidade nesta segunda-feira, 21, a venda em farmácias do medicamento Paxlovid (nirmatrelvir + ritonavir), fabricado pela Pfizer, utilizado no tratamento da covid-19.
O remédio já havia sido aprovado para uso emergencial no Brasil em 30 de março, mas apenas para uso apenas em hospitais. A venda em farmácias deve ser feita sob prescrição médica, com dispensação e orientação pelo farmacêutico ao paciente sobre o uso correto do medicamento.
Segundo a diretora relatora, Meiruze Freitas, a venda no mercado privado irá aumentar a facilidade de acesso ao tratamento da covid-19. A diretora reiterou ainda que o tratamento não substitui a vacinação. “A vacinação continua sendo a melhor estratégia para evitar a Covid-19, as hospitalizações e os óbitos”, afirmou Meiruze Freitas.
Como funciona o remédio contra covid-19
O Paxlovid é indicado para o tratamento da covid-19 em adultos que não requerem oxigênio suplementar e que apresentam risco aumentado de progressão para covid-19 grave.Ele é composto por comprimidos de nirmatrelvir e ritonavir embalados e administrados juntos. Os dois atuam em conjunto bloqueando uma enzima que o coronavírus precisa para ser replicar no corpo.
O comprimido é revestido, na concentração de 150 mg em cada comprimido revestido de nirmatrelvir e 100 mg em cada comprimido revestido.
Limitações de uso do remédio da Pfizer
Segundo a Anvisa, o Paxlovid não está autorizado para início de tratamento em pacientes que requerem hospitalização devido a manifestações graves ou críticas da covid-19. Também não está autorizado para profilaxia pré ou pós-exposição para prevenção da infecção pelo novo coronavírus.
A agência destaca que o medicamento não está autorizado para uso por mais de cinco dias. Além disso, como não há dados do uso do Paxlovid em mulheres grávidas, recomenda-se que seja evitada a gravidez durante o tratamento com o referido medicamento e, como medida preventiva, até sete dias após o término do tratamento.
O comunicado de autorização ainda esclareceu que o Paxlovid não é recomendado para pacientes com insuficiência renal grave ou com falha renal, uma vez que a dose para essa população ainda não foi estabelecida.