MADRID, SPAIN - MARCH 24: In this photo illustration, a box of 'Paxlovid', the Pfizer drug for which the Ministry of Health has signed a procurement agreement with Pfizer, is displayed at the Ministry of Health, on 24 March, 2022 in Madrid, Spain. The Ministry of Health and Pfizer Pharmaceuticals have signed today a drug procurement agreement against Covid-19. (Photo By EUROPA PRESS/C.Lujan.POOL via Getty Images) (EUROPA PRESS/C.Lujan.POOL/Getty Images)
André Martins
Publicado em 21 de novembro de 2022 às 14h02.
Última atualização em 21 de novembro de 2022 às 14h15.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou por unanimidade nesta segunda-feira, 21, a venda em farmácias do medicamento Paxlovid (nirmatrelvir + ritonavir), fabricado pela Pfizer, utilizado no tratamento da covid-19.
O remédio já havia sido aprovado para uso emergencial no Brasil em 30 de março, mas apenas para uso apenas em hospitais. A venda em farmácias deve ser feita sob prescrição médica, com dispensação e orientação pelo farmacêutico ao paciente sobre o uso correto do medicamento.
Segundo a diretora relatora, Meiruze Freitas, a venda no mercado privado irá aumentar a facilidade de acesso ao tratamento da covid-19. A diretora reiterou ainda que o tratamento não substitui a vacinação. “A vacinação continua sendo a melhor estratégia para evitar a Covid-19, as hospitalizações e os óbitos”, afirmou Meiruze Freitas.
O Paxlovid é indicado para o tratamento da covid-19 em adultos que não requerem oxigênio suplementar e que apresentam risco aumentado de progressão para covid-19 grave. Ele é composto por comprimidos de nirmatrelvir e ritonavir embalados e administrados juntos. Os dois atuam em conjunto bloqueando uma enzima que o coronavírus precisa para ser replicar no corpo.
O comprimido é revestido, na concentração de 150 mg em cada comprimido revestido de nirmatrelvir e 100 mg em cada comprimido revestido.
Segundo a Anvisa, o Paxlovid não está autorizado para início de tratamento em pacientes que requerem hospitalização devido a manifestações graves ou críticas da covid-19. Também não está autorizado para profilaxia pré ou pós-exposição para prevenção da infecção pelo novo coronavírus.
A agência destaca que o medicamento não está autorizado para uso por mais de cinco dias. Além disso, como não há dados do uso do Paxlovid em mulheres grávidas, recomenda-se que seja evitada a gravidez durante o tratamento com o referido medicamento e, como medida preventiva, até sete dias após o término do tratamento.
O comunicado de autorização ainda esclareceu que o Paxlovid não é recomendado para pacientes com insuficiência renal grave ou com falha renal, uma vez que a dose para essa população ainda não foi estabelecida.