Moraes atendeu a uma solicitação do presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos, deputado distrital Chico Vigilante (Mateus Bonomi/Anadolu Agency/Getty Images)
Agência de notícias
Publicado em 15 de junho de 2023 às 20h21.
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu a um pedido da Câmara Legislativa do Distrito Federal e liberou o depoimento sete pessoas presas, entre elas o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. Moraes, no entanto, afirmou que deve ser garantido a todos os o direito ao silêncio.
Moraes atendeu a uma solicitação do presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Antidemocráticos, deputado distrital Chico Vigilante (PT).
O ministro ainda liberou o depoimento de Alan Diego dos Santos Rodrigues e George Washington de Oliveira Sousa, condenados por uma tentativa de atentado a bomba em Brasília, e do indígena e pastor José Acácio Serere Xavante, preso no ano passado por participar de manifestações antidemocráticas.
Além disso, foram liberados para depor o major da reserva Cláudio Mendes dos Santos, preso pela suspeita de ensinar táticas de guerrilha a manifestantes, e o major Flávio Silvestre Alencar e o coronel Jorge Eduardo Naime Barreto, que atuaram no dia 8 de janeiro e são suspeitos de omissão.
Em sua decisão, o ministro ressaltou que os presos só deverão ser levados "se houver sua prévia concordância", porque o STF proibiu a realização de conduções coercitivas de investigados.
Cid está preso devido à suspeita de que ele participou de um esquema para fraudar comprovantes de vacinação, mas a comissão quer ouvi-lo sobre as manifestações golpistas realizadas em Brasília entre dezembro de janeiro.
O presidente da CPI também havia solicitado o depoimento de Antônio Cláudio Alves Ferreira, que foi gravado dentro do Palácio do Planalto destruindo um relógio que foi dado a Dom João VI. Neste caso, contudo, Moraes negou o pedido porque Ferreira está preso em Uberlândia (MG).