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Advogado de Temer diz que denúncias não têm "fundamento sério"

Defesa afirmou ainda que prisão é "espetáculo midiático"; defensor de Moreira Franco falou que a narrativa do MP "não se atém aos fatos da delação"

Michel Temer: ex-presidente foi denunciado pelo Ministério Público Federal do Rio nesta sexta (30) (Adriano Machado/Reuters)

Michel Temer: ex-presidente foi denunciado pelo Ministério Público Federal do Rio nesta sexta (30) (Adriano Machado/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 29 de março de 2019 às 22h15.

São Paulo — Após o Ministério Público Federal, no Rio, denunciar criminalmente o ex-presidente Michel Temer (MDB), o ex-ministro Moreira Franco (Minas e Energia) e outros alvos da Operação Descontaminação - desdobramento da Lava Jato, os advogados dos investigados divulgaram as seguintes notas:

O criminalista Eduardo Carnelós, defensor de Temer, afirmou: "Foi um show de horrores a coletiva hoje (sexta, 29) do Ministério Público Federal para anunciar e "explicar" as duas denúncias apresentadas contra Michel Temer".

Ele repetiu o processo midiático do dia em que foi preso o ex-Presidente. "Como se dá com as acusações que não se sustentam em nenhum elemento idôneo, mas apenas em suposições e na débil palavra de delatores, essas aleivosias lançadas partem da falsa premissa de que seria ilícito qualquer contato mantido entre Temer e Moreira Franco, uma relação que nada tem de ilegal ou ilegítima. [...] Mais uma vez, pretende-se tornar criminosa a prática política no Brasil, o que é inadmissível!".

Também em nota, o criminalista Antonio Sérgio de Moraes Pitombo, defensor de Moreira Franco, afirmou que "a denúncia reproduz a versão do delator Antunes Sobrinho. Além disso, a narrativa do Ministério Público não se atém aos fatos da delação, incluindo ilações sem qualquer respaldo probatório. As imputações apresentadas serão afastadas no curso do processo."

Já Fernando Fernandes, advogado que representa Othon Pinheiro e as duas filhas do militar da reserva, afirmou que estava fora do Brasil. Disse ainda que não vai se manifestar "até acesso integral" à acusação.

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