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Inteligência artificial e machine learning: uma revolução no agro

Dados e aprendizado de máquina gerando conhecimento que orienta decisões de negócios, com grande potencial de impacto no setor agropecuário

drone quad copter with high resolution digital camera on green corn field, agro (Freepik/Freepik)

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Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 28 de novembro de 2024 às 06h11.

Por Donário Lopes de Almeida*

Executivos de diversos países debatem Inteligência Artificial na Universidade Stanford, nos Estados Unidos. Durante o curso que participei na Stanford School of Business, o professor Mohsen Bayati apresentou ideias transformadoras sobre o impacto da inteligência artificial (IA) e do machine learning (ML) em negócios e em nossas vidas.

Pensando no agro, as oportunidades e impactos nas cadeias produtivas são inegáveis. Este artigo reflete sobre essas discussões e explora como o ML e os dados estão remodelando o setor.

O machine learning, ou aprendizado de máquina, é um ramo da IA que permite aos computadores identificar padrões e tomar decisões baseadas em dados.

Em vez de seguir regras predefinidas, os sistemas de ML analisam grandes volumes de dados para encontrar correlações e fazer previsões.

No agronegócio, algoritmos podem processar dados climáticos, informações sobre o solo e imagens de satélite para prever chuvas, ataques de pragas ou momentos ideais para plantio.

Após serem treinados com dados históricos, esses modelos geram predições e recomendações com alta precisão, antecipando desafios e oferecendo soluções.

Dados: o combustível do aprendizado de máquina

No agronegócio, os dados são obtidos de várias fontes, como sensores IoT que medem temperatura e umidade, além de informações sobre localização e velocidade de equipamentos.

Imagens de satélite capturam o estado das lavouras, históricos climáticos ajudam a prever padrões futuros e relatórios operacionais oferecem insights sobre uso de insumos e produtividade. Esses dados são a base para criar modelos que auxiliam no planejamento, indicando as melhores sementes, épocas de plantio e estratégias para a gestão eficiente de recursos.

Assim, agricultores podem decidir, por exemplo, o momento certo para irrigar ou aplicar fertilizantes, reduzindo custos e desperdícios.

Sustentabilidade e eficiência como pilares

A combinação de machine learning e dados robustos não apenas aumenta a eficiência, mas também promove práticas mais sustentáveis.

A agricultura de precisão, por exemplo, permite análises detalhadas de cada área da propriedade, possibilitando tratamentos específicos e reduzindo impactos ambientais. Modelos preditivos também ajudam agricultores a se preparar para eventos extremos, como secas e enchentes, fortalecendo a resiliência climática.

Desafios no caminho da transformação digital

Apesar do grande potencial, o uso dessas tecnologias ainda enfrenta obstáculos. Muitas regiões rurais carecem de conectividade adequada para coleta de dados em tempo real.

Além disso, é fundamental capacitar agricultores para interpretar as recomendações geradas pelos sistemas de IA e ML. Pequenos produtores, em particular, encontram dificuldades de custo para implementar essas soluções.

Um futuro promissor

O agronegócio vive um momento decisivo. A adoção de inteligência artificial e aprendizado de máquina está transformando a produção agrícola, tornando-a mais eficiente, sustentável e resiliente. Essas tecnologias não apenas aumentam a produtividade, mas também fomentam uma agricultura mais transparente, que alia crescimento econômico e conservação ambiental.

Muitos agricultores já estão modernizando suas operações, liderando o caminho para um futuro em que inovação e sustentabilidade caminham juntas.

*Donário Lopes de Almeida é presidente do Conselho da Associação Brasileira de Marketing Rural e Agro

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