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Camu camu: Brasil enfrenta desafios para explorar a maior fonte natural de vitamina C do mundo

Apesar do potencial do fruto conhecido como “ouro amazônico”, infraestrutura e logística limitam sua expansão no país

O fruto é comercializado principalmente em forma de polpas congeladas e extratos.

Publicado em 25 de setembro de 2024 às 16h30.

Última atualização em 26 de setembro de 2024 às 10h20.

Conhecido como uma das maiores fontes naturais de vitamina C, superando frutas como o limão e a acerola, o camu camu, embora tenha um potencial nutricional e bioativo imenso, ainda não tem todo o seu potencial explorado.

“O camu camu é uma expressão dessa potência que a floresta tem, mas que a sociedade ainda não aprendeu a lidar ou trabalhar junto com ela”, afirma André Noronha, coordenador de projetos do Centro de Economia Verde da Fundação CERTI, instituição brasileira especializada em inovação tecnológica e desenvolvimento sustentável.

Desafios de produção e exportação

Atualmente, a produção de camu camu no Brasil é limitada e depende de cadeias extrativistas operadas por pequenas comunidades ribeirinhas.

Esse modelo sustentável contrasta com o Peru, país que estruturou melhor sua produção e se consolidou como o maior exportador da fruta, dominando o cultivo agrícola e alcançando US$ 5 milhões em exportações em 2020.

Noronha destaca que, no Brasil, a falta de uma cadeia produtiva estruturada impede o crescimento da exportação. “O Peru conseguiu se organizar rapidamente, enquanto no Brasil ainda falta uma cadeia com certificações adequadas e infraestrutura para exportação em larga escala”, afirma.

Barreiras logísticas e infraestruturais

Embora o camu camu seja comercializado principalmente em forma de polpas congeladas e extratos em mercados como Califórnia, Alemanha e França, o Brasil ainda não conseguiu competir globalmente devido aos altos custos logísticos, típicos da região amazônica.

“O alto custo de transporte e a falta de estrutura para o escoamento da produção são desafios significativos”, explica Noronha.

Além disso, as oscilações climática s afetam diretamente a produção, pois o fruto cresce em áreas alagadas, tornando-o suscetível a mudanças ambientais.

O futuro do camu camu na bioeconomia amazônica

Noronha destaca que o desenvolvimento da bioeconomia amazônica é essencial para que produtos como o camu camu ganhem relevância no mercado global.

A crescente demanda por produtos naturais e saudáveis, diz ele, abre oportunidades para que o fruto se torne um ingrediente essencial em alimentos, bebidas e cosméticos.

“O Brasil precisa investir em pesquisa e desenvolvimento tecnológico, além de estruturar a cadeia produtiva, para competir em igualdade com outras nações amazônicas”, conclui.

Com o potencial econômico e sustentável que o camu camu representa, sua exploração adequada pode ser uma peça-chave para o desenvolvimento da Amazônia e a preservação da floresta.

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Conhecido como uma das maiores fontes naturais de vitamina C, superando frutas como o limão e a acerola, o camu camu, embora tenha um potencial nutricional e bioativo imenso, ainda não tem todo o seu potencial explorado.

“O camu camu é uma expressão dessa potência que a floresta tem, mas que a sociedade ainda não aprendeu a lidar ou trabalhar junto com ela”, afirma André Noronha, coordenador de projetos do Centro de Economia Verde da Fundação CERTI, instituição brasileira especializada em inovação tecnológica e desenvolvimento sustentável.

Desafios de produção e exportação

Atualmente, a produção de camu camu no Brasil é limitada e depende de cadeias extrativistas operadas por pequenas comunidades ribeirinhas.

Esse modelo sustentável contrasta com o Peru, país que estruturou melhor sua produção e se consolidou como o maior exportador da fruta, dominando o cultivo agrícola e alcançando US$ 5 milhões em exportações em 2020.

Noronha destaca que, no Brasil, a falta de uma cadeia produtiva estruturada impede o crescimento da exportação. “O Peru conseguiu se organizar rapidamente, enquanto no Brasil ainda falta uma cadeia com certificações adequadas e infraestrutura para exportação em larga escala”, afirma.

Barreiras logísticas e infraestruturais

Embora o camu camu seja comercializado principalmente em forma de polpas congeladas e extratos em mercados como Califórnia, Alemanha e França, o Brasil ainda não conseguiu competir globalmente devido aos altos custos logísticos, típicos da região amazônica.

“O alto custo de transporte e a falta de estrutura para o escoamento da produção são desafios significativos”, explica Noronha.

Além disso, as oscilações climática s afetam diretamente a produção, pois o fruto cresce em áreas alagadas, tornando-o suscetível a mudanças ambientais.

O futuro do camu camu na bioeconomia amazônica

Noronha destaca que o desenvolvimento da bioeconomia amazônica é essencial para que produtos como o camu camu ganhem relevância no mercado global.

A crescente demanda por produtos naturais e saudáveis, diz ele, abre oportunidades para que o fruto se torne um ingrediente essencial em alimentos, bebidas e cosméticos.

“O Brasil precisa investir em pesquisa e desenvolvimento tecnológico, além de estruturar a cadeia produtiva, para competir em igualdade com outras nações amazônicas”, conclui.

Com o potencial econômico e sustentável que o camu camu representa, sua exploração adequada pode ser uma peça-chave para o desenvolvimento da Amazônia e a preservação da floresta.

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