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“A agricultura é impactada, mas também pode ser uma solução”

Em episódio do podcast ESG de A a Z, Especial COP28, a repórter Mariana Grilli conversa com Grazielle Parenti, da Syngenta, sobre como a iniciativa privada pode ajudar a pensar soluções que cheguem ao campo

Plantação de trigo: ciência e tecnologia são empregadas para que culturas se tornem autossuficientes (Kathrin Ziegler/Getty Images)

Plantação de trigo: ciência e tecnologia são empregadas para que culturas se tornem autossuficientes (Kathrin Ziegler/Getty Images)

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Publicado em 13 de dezembro de 2023 às 09h01.

Última atualização em 13 de dezembro de 2023 às 15h17.

Quando o assunto é mudança climática, a agropecuária entra, invariavelmente em cena, já que o grande desafio da atualidade é produzir mais alimentos, com menos impacto. Para falar sobre como a ciência e a tecnologia podem ajudar a aumentar a produtividade sem deixar de lado a sustentabilidade, a repórter Mariana Grilli entrevistou Grazielle Parenti, vice-presidente de sustentabilidade da multinacional Syngenta para a América Latina.

“O Brasil é um país muito grande e com terras muitos diversas. Algumas, sim, mais aptas para agricultura; outras nem tanto e que tiveram de ser trabalhadas para realmente serem o que a gente vê hoje”, diz a executiva.

Um exemplo é a produção de trigo na região do cerrado, que assim como outras culturas, caminha para a autossuficiência. “Existem três formas de aumentar uma produção agrícola: ou você tem mais terra, ou você tem uma produtividade de insumos de melhor qualidade, ou você tem práticas agronômicas que vão fazer com que isso aconteça também”, explica Parenti. Tudo isso, diz ela, não aconteceu de um dia para o outro. “Tem muita pesquisa sendo feita nas universidades, em alguns institutos e instituições tipo a Embrapa, entre outras, e nas empresas. As empresas são responsáveis por muita inovação.”

Líder em desenvolvimento de tecnologias para o mercado agrícola no mundo, a Syngenta, por exemplo, produz insumos agropecuários que vão de sementes a defensivos químicos e biológicos, além de tecnologias voltadas para a agricultura de precisão. Essas ferramentas, defende Parenti, são fundamentais para que se produza mais, com menos. “Já que a gente não vai abrir mais áreas, temos de usar a tecnologia para intensificar [a produção]. A gente escuta histórias de um aumento de 100%, 200%, 300% de produtividade num espaço de tempo relativamente curto”, diz ela.

Em sua participação no podcast ESG de A a Z, Especial COP28, Parenti destacou ainda outros desafios do agro, como descarbonização, regulação, tropicalização de tecnologias, transição energética, financiamento verde e segurança alimentar. “Nosso entendimento é que a agricultura é impactada, mas também pode ser uma solução. Então, é neste lugar que a gente quer trabalhar.”

Confira, a seguir, o bate-papo completo com Grazielle Parenti:

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