ESG

COP da biodiversidade começa nesta segunda, na Colômbia. O que está em jogo?

Sofia Schuck

21 de outubro de 2024 às 15:16

Leandro Fonseca/Exame

Com mais de 15% da biodiversidade de todo o planeta e detentor de cerca de 60% da floresta amazônica, o Brasil é peça-central das discussões de conservação que começam nesta segunda-feira (21) na COP16 em Cali, na Colômbia, e vão até 1º de novembro.

/AFP Photo

A Conferência é um tratado da Organização da ONU estabelecido durante a ECO-92 no Rio de Janeiro em junho de 1992, e um dos mais importantes instrumentos internacionais de proteção ao ambiente e todas suas formas de vida.

/Getty Images

A cada dois anos, reúne os 196 países-membros da ONU para discutir soluções e compromissos para restaurar e conservar os ambientes terrestres e marítimos da Terra.

AFP/AFP

Mas afinal, o que está em jogo na COP16? A missão da 16º edição é avaliar o progresso dos países em relação ao alcance dos compromissos do Marco Global de Biodiversidade (GBF, na sigla em inglês), acordo global firmado durante a última COP15 de 2022, em Montreal, no Canadá.

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O marco considerado o "Acordo de Paris da biodiversidade" foi histórico e estabeleceu 23 metas globais ambiciosas para conter e reverter a perda de biodiversidade até 2030, além de quatro objetivos gerais até 2050.

Celia Kujala/Oceanographic Magazine/Divulgação/

A batizada de “30×30” é a mais conhecida e estabelece que os países devem conservar ao menos 30% de suas áreas terrestres e marinhas nos próximos seis anos.

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Esta será a primeira vez que os países signatários da convenção irão sentar a mesa e avaliar suas Estratégias e Planos de Ação Nacionais de Biodiversidade, as "EPANB" (sigla em português).

Silvestre Garcia - IntuitivoFilms/Getty Images

Uma análise recente do WWF já revelou que a maioria dos países não está cumprindo totalmente seus compromissos de interromper e reverter a perda da natureza até 2030. O Brasil está entre os que não apresentaram sua estratégia e ação nacional.

cortesia the balance.com/Reprodução

Segundo o Michel Santos, gerente de Políticas Públicas do WWF-BR, embora hajam avanços em novas áreas protegidas pelo mundo, a questão é como garantir que estas sejam efetivamente financiadas. Isso envolveria um financiamento para prencher uma lacuna estimada em US$ 200 bilhões.

Divulgação/COP16/

"O principal da COP16 será a transição de promessas para ações concretas e mensuráveis, além do fortalecimento dos compromissos financeiros e técnicos para que os países possam implementar suas metas de forma eficaz e justa", disse Michel à EXAME.

TOFIK BABAYEV / AFP/Getty Images

A conexão entre a COP da biodiversidade e a Conferência do Clima da ONU (COP29), no Azerbaijão, também é ponto central. Segundo Michel, a integração entre as duas conferências ganha cada vez mais relevância, dado o papel da natureza na mitigação e adaptação às mudanças climáticas

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