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Target diz que dados de 70 mi de clientes foram roubados

Rede varejista disse que clientes foram atingidos pelo roubo de dados durante a temporada de compras de fim de ano

Pessoas saindo de uma uma loja da Target durante as vendas do Black Friday em Nova York, em uma foto de novembro de 2013 (Eric Thayer/Reuters)

Pessoas saindo de uma uma loja da Target durante as vendas do Black Friday em Nova York, em uma foto de novembro de 2013 (Eric Thayer/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 10 de janeiro de 2014 às 16h23.

Nova York/Boston - A rede varejista norte-americana Target disse que mais de 70 milhões de clientes foram atingidos pelo roubo de dados durante a temporada de compras de fim de ano, e o Ministério Público abriu uma investigação sobre o ataque cibernético.

As informações pessoais de pelo menos 70 milhões de clientes foram roubados, incluindo nomes, endereços, telefones e emails, disse a Target. Anteriormente, a terceira maior varejista dos Estados Unidos disse que hackers haviam roubado os dados de cartões de crédito e débito de mais de 40 milhões de clientes entre 27 de novembro e 15 de dezembro.

A porta-voz da empresa Molly Snyder disse que provavelmente os dois grupos se sobrepõem, mas a extensão da sobreposição não é ainda clara.

"Eu sei que é frustrante para os nossos clientes saber que essas informações foram roubadas e nós realmente sentimos muito que eles tenham que enfrentar isso", disse o executivo-chefe Gregg Steinhafel, em um comunicado na sexta-feira.

Especialistas em segurança disseram temer que a Target ainda não esteja ciente do alcance da violação de dados, o que é considerado o segundo maior ataque a cartões de pagamento na história do varejo.

"Eu acho que eles ainda não têm ideia de quão grande é", disse David Kennedy, ex-analista de inteligência cibernética dos Fuzileiros Navais dos EUA, que dirige sua própria empresa de consultoria, a TrustedSec LLC.

As procuradorias de Nova York e Massachussets anunciaram na sexta-feira que vão lançar conjuntamente um inquérito nacional sobre a falha de segurança.

"Consumidores em Nova York e em todo o país esperam e merecem que as empresas protejam suas informações pessoais quando compram em sites e em suas lojas", disse à Reuters o procurador-geral de Nova York, Eric Schneiderman.

Relatos de cobranças indevidas cresceram desde que foi divulgada a quebra de segurança, disse um executivo de uma grande emissora do cartão, que pediu para não ser identificado.

"A magnitude dos danos provavelmente não vai ser conhecida até o final de janeiro, quando os clientes receberem e examinarem suas faturas mensais e contactarem seus bancos", disse o executivo.

A Target disse que os clientes terão responsabilidade zero por custos de cobranças fraudulentas.

A companhia também cortou sua estimativa de lucro ajustado do quarto trimestre para as operações nos Estados Unidos para 1,20 a 1,30 dólar por ação, ante 1,50 a 1,60 dólar por ação.

A empresa também previu um recuo de 2,5 por cento nas vendas mesmas lojas no quarto trimestre, ante projeção anterior de vendas estáveis.

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