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TV OLED tende a substituir LCD em poucos anos, prevê LG

O preço dos televisores OLED caiu para um quarto do que custavam um ano atrás. A LG já prevê que eles vão substituir os modelos LCD/LED em poucos anos

Televisor OLED da LG: o preço no Brasil caiu de 40 para 10 mil reais em um ano (Divulgação / LG)

Televisor OLED da LG: o preço no Brasil caiu de 40 para 10 mil reais em um ano (Divulgação / LG)

Maurício Grego

Maurício Grego

Publicado em 31 de outubro de 2014 às 05h00.

São Paulo -- Em poucos anos, os televisores com tecnologia OLED vão substituir os de LCD/LED, que são maioria atualmente. A previsão é da LG. A empresa começou a fabricar aparelhos com tela OLED em Manaus e, em um ano, reduziu o preço de seu modelo de tela curva de 55 polegadas de 40 mil para 10 mil reais. 

“A redução do preço é uma decisão estratégica da LG. Com preço mais baixo vamos vender mais. Com escala maior, teremos custos de produção menores” disse a EXAME.com Rogério Molina, executivo responsável pela área de televisores da LG no Brasil.

A decisão estratégica a que se refere Molina talvez tenha sido estimulada, em parte, pela concorrência. Além da LG, também a Samsung vende televisores OLED no Brasil, e por preços similares. 

Molina diz que a LG deve vender 2.500 televisores OLED no Brasil neste ano. Em 2015, a previsão é que as vendas sejam pelo menos 20 vezes maiores. No mundo todo, devem ser vendidos 7 milhões de televisores desse tipo neste ano.

OLED x LCD

Ao menos na teoria, uma tela OLED é mais simples que uma de LCD/LED. Cada pixel OLED (a sigla é formada pelas iniciais de “diodo emissor de luz orgânico” em inglês) emite sua própria luz. Assim, não há uma matriz de LEDs traseira para iluminar a tela. 

O resultado disso é que uma tela OLED é mais fina e mais leve, além de consumir entre 20% e 40% menos energia que uma de LCD/LED. Ela também produz imagem de melhor qualidade. 

“Numa tela OLED, o preto é preto mesmo, já que os pixels se acendem e se apagam para formar a imagem. Já numa tela de cristal líquido os LEDs ficam sempre acessos. A luz é obstruída pelo LCD para formar o preto, mas não é bloqueada totalmente”, afirma Molina.

Por causa dessas vantagens, a tecnologia OLED é usada na maioria dos smartphones da Samsung e da Motorola e em alguns modelos da LG e da Sony, por exemplo. Mas seu uso em telas grandes esbarrava, até recentemente, em dificuldades técnicas e no alto custo de produção. 

Os diodos orgânicos que formam a tela tendem a se enfraquecer com o tempo. Por isso, essas telas tinham uma vida útil menor que a das de LCD. Além disso, eram sensíveis à umidade. A infiltração de gotículas de água no painel de diodos produzia pixels queimados e outras falhas.

“A LG desenvolveu um filme que é aplicado sobre o painel para vedá-lo, impedindo a entrada de umidade. Hoje a durabilidade de uma tela OLED já é comparável à de uma de LCD”, diz Molina.

OLED x Ultra HD

A produção de telas OLED ainda é mais cara que a de telas de LCD. Na loja, um televisor OLED custa três vezes mais que um de LCD/LED quando se comparam modelos com tela full HD. Ou seja, para que o OLED se popularize, seu preço ainda terá de cair muito.

Mas o valor de um aparelho OLED Full HD é similar ao de um LCD/LED 4K Ultra HD. Molina afirma que, para o consumidor, investir no televisor de OLED é melhor negócio que comprar o Ultra HD.

Uma razão para isso é que praticamente não existe conteúdo em Ultra HD. Assim, os pixels a mais dessas telas 4K acabam sendo mal aproveitados.

“Quando se olha para uma tela OLED Full HD e para outra LCD/LED Ultra HD, percebe-se que a imagem do OLED é melhor. Isso só não acontece com telas muito grandes”, diz ele.

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