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Smartphones continuam ascensão no Brasil e animam operadoras

Com previsão de crescimento contínuo de dois dígitos no curto prazo, o mercado de smartphones anima as fabricantes de aparelhos


	iPhone 5, da Apple: sonho de consumo de muitos, aparelho chega ao país nesta sexta-feira
 (Mario Tama/Getty Images)

iPhone 5, da Apple: sonho de consumo de muitos, aparelho chega ao país nesta sexta-feira (Mario Tama/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 13 de dezembro de 2012 às 12h55.

Rio de Janeiro - Apesar do maior endividamento do consumidor e de uma previsão de que ele será mais cauteloso em suas compras de Natal, o mercado de smartphones continuará sua trajetória de forte alta neste fim do ano e em 2013 no Brasil.

Com previsão de crescimento contínuo de dois dígitos no curto prazo, o mercado de smartphones anima as fabricantes de aparelhos e também as operadoras móveis, de olho no aumento da oferta de pacotes de dados móveis e com a chegada do iPhone 5 no país na sexta-feira, dia 14.

Mas não apenas o produto da Apple --entre os mais caros do mercado-- terá chance no mercado brasileiro. As faixas de celulares inteligentes mais simples também devem ter sucesso.

"O (mercado do) Brasil é tão grande que todas as faixas de smartphones têm grande potencial de mercado, até a faixa de high end (mais sofisticada) é muito interessante", disse o analista Fernando Belfort, da consultoria Frost & Sullivan.

Segundo ele, para fabricantes e varejistas os smartphones mais simples (até 500 reais) ou de sofisticação média (na faixa de 500 a 1 mil reais) são os dispositivos que mais podem colaborar em termos de receita, enquanto os aparelhos mais refinados (a partir de 1 mil reais) têm maiores margens.

A consultoria espera vendas de 15,5 milhões de smartphones no Brasil em 2012, alta de mais de 55 por cento sobre o ano passado. Para 2013, o total deve chegar a 21,4 milhões de unidades.

E quem compra smartphones vai querer utilizar o máximo possível de seus recursos, o que inclui acessar a Internet e baixar dados, com a contratação de pacotes de Internet móvel.

"Apesar do esforço e da ginástica (das operadoras) para poder rentabilizar melhor a receita com voz, a maneira de rentabilizar as redes é trafego de SMS e de dados", afirmou a analista Elia San Miguel, do Gartner.


Os dados mais recentes da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) mostram que das 259,3 milhões de linhas móveis em outubro, 59 milhões foram de 3G --apenas 23 por cento do total.

"A venda total de celulares no Brasil responde por 37 por cento dos vendidos na América Latina, seguidos de 21 por cento no México. Mas só em smartphones, o Brasil responde por 31 por cento e o México, 28 por cento das vendas da América Latina", disse Elia. "Então o Brasil tem muito mercado para crescer", acrescentou.

Segundo ela, o mercado total de celulares no Brasil deve somar 71,8 milhões de aparelhos em 2013, com smartphones compondo de 35 até quase 40 por cento desse total --ou de 25 milhões a 28,7 milhões de unidades.

iPhone 5

As principais operadoras vão comercializar o novo smartphone da Apple, considerado sonho de consumo por grande parte dos entusiastas de tecnologia móvel.

A TIM venderá o modelo a partir de 2,4 mil reais, sem subsídio para fidelizar clientes. A Vivo, da Telefônica Brasil, ofertará o aparelho a partir de 1,5 mil reais, dependendo do plano contratado e pontuação em plano de fidelidade. A Oi também trabalhará com a versão mais recente do iPhone, vendendo o produto a partir de 2,4 mil reais, e a Claro foi a primeira a informar que venderá o dispositivo.

O afã pelo iPhone 5 foi tanto que TIM, Claro e Oi abrirão algumas lojas a partir da meia-noite de quinta para sexta-feira para o lançamento do aparelho no país.


4G Apesar do entusiasmo das operadoras e até de alguns consumidores, a telefonia móvel de quarta geração (4G) --tecnologia embutida no iPhone 5-- não deve decolar em 2013, e vai pegar impulso apenas em 2014.

A falta de variedade de aparelhos com o padrão de tecnologia LTE, o preço caro desses dispositivos e a baixa abrangência geográfica das redes 4G devem restringir a demanda pelos serviços, que vão permitir velocidades de acesso móvel à Internet bastante superiores às do 3G.

Além disso, o iPhone 5 não é compatível com a faixa de radiofrequência a partir de 2,5 gigahertz destinadas no Brasil para o 4G, o que deve limitar ainda mais essa demanda até a provável licitação planejada pelo governo da faixa de 700 megahertz (indicada por especialistas como a melhor).

Pelo cronograma estipulado no leilão realizado em meados do ano, as operadoras têm obrigação inicial de oferecer o 4G apenas nas cidades-sede da Copa das Confederações, aumentando a cobertura nacional gradualmente nos anos seguintes.

"De fato 2013 será bastante limitado para LTE, com apenas a Copa das Confederações", disse o diretor para América Latina e Caribe da 4G Americas, associação de prestadores de serviços e fabricantes de telecomunicações, Erasmo Rojas.

"Já 2014 é a parte forte, incluindo para estrangeiros que vão chegar ao Brasil, e o aumento da quantidade de cidades com a Copa do Mundo, e também a concorrência vai aumentar em 2014, e os preços vão cair", acrescentou.

A 4G Americas trabalha com vendas estimadas de 300 mil aparelhos 4G LTE no Brasil em 2013, número que deve saltar a quase 4 milhões em 2014, disse Rojas, citando dados da empresa de pesquisa Informa.

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