Pessoas trabalhando na incubadora de startups Soho3Q, em Pequim (LUDOVIC MARIN/Getty Images)
Uma nova geração de jovens profissionais, marcada pelas realidades de uma pandemia global, está evitando trabalhar em grandes corporações bem estabelecidas e entrando de cabeça em startups. É uma tendência que impulsiona atividades de tecnologia no sudeste da Ásia, disse uma empresa de capital de risco tailandesa que administra um fundo de 30 milhões de dólares em busca de investimentos.
Quando o braço de capital de risco da Thai Oil começou a procurar startups de tecnologia para ajudar seus negócios a se tornarem mais eficientes e diversificados em 2020, o esforço foi para encontrar empresas com inovações promissoras enraizadas em ciências exatas e engenharia aplicada, disse Luck Saraya, diretor administrativo da TOP Ventures, em entrevista em Bangkok. Apenas 12 meses depois, há muito mais ofertas, com uma nova safra de empreendedores que jogaram pela janela atitudes conservadoras em relação a trabalhar em startups, disse ele.
“Essa geração mais jovem está mais disposta a correr o risco de trabalhar para uma startup -- essa mentalidade não existia antes”, disse Saraya. “Há poucos anos, os jovens queriam trabalhar em uma grande empresa com alta segurança de emprego. Agora estamos vendo mais inclinação para a tecnologia.”
Embora a covid-19 tenha dizimado o turismo e o varejo no sudeste da Ásia, a região abriga alguns dos mercados de internet de crescimento mais rápido. Os financiadores de empreendimentos de risco fizeram um recorde de 393 negócios no primeiro semestre de 2021, levantando 4,4 bilhões de dólares com investimentos em startups em todo o Sudeste Asiático, segundo a Cento Ventures.
A TOP Ventures está em frenesi. Desde 2020, a empresa apoiou três fundos de capital de risco e investiu diretamente em quatro startups, movimentando cerca de 18 milhões de dólares. Ela planeja investir o restante do dinheiro do fundo no próximo ano e está procurando por startups com inovações em manufatura, alimentos e biotecnologia, bem como em veículos elétricos e baterias.
Também investiu 5 milhões de dólares no mês passado no AEF Greater Bay Area Fund, com o Alibaba Hong Kong Entrepreneurs Fund como investidor-âncora. A empresa pretende investir em startups chinesas promissoras, disse Saraya.