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No Twitter, Obama ganha fácil de Dilma

Dilma tem 1 milhão de seguidores mas não usa a rede social. Já Obama, com 33 milhões de seguidores, é o líder mais seguido no Twitter


	No Brasil, apesar de a presidente Dilma Rousseff ter uma conta oficial (@dilmabr) e contar com mais de um milhão de seguidores, o perfil não foi atualizado depois que a Presidente tomou posse, em 2011
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

No Brasil, apesar de a presidente Dilma Rousseff ter uma conta oficial (@dilmabr) e contar com mais de um milhão de seguidores, o perfil não foi atualizado depois que a Presidente tomou posse, em 2011 (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 25 de julho de 2013 às 12h59.

São Paulo - A Burson-Marsteller, agência global líder em relações públicas e public affairs divulgou hoje os resultados do “Twiplomacy”, estudo anual que analisa a presença e a atividade de líderes globais no Twitter.

O estudo apontou que 77% dos líderes têm um perfis na rede social e 68% estão conectados com outros chefes de estado e perfis oficiais mundiais. No Brasil, apesar de a presidente Dilma Rousseff ter uma conta oficial (@dilmabr) e contar com mais de um milhão de seguidores, o perfil não foi atualizado depois que a Presidente tomou posse, em 2011. Os perfis Imprensa Presidência e Brazil Gov News, em inglês, são atualizados com notícias do Governo Federal.

O “Twiplomacy” analisou 505 perfis de 153 países diferentes. O presidente americano Barack Obama (@BarackObama) é o líder mais seguido no Twitter, com 33 milhões de seguidores. Em segundo lugar está Papa Francisco (@Pontifex), que é seguido por sete milhões de pessoas em seus nove perfis em idiomas diferentes. Os Tweets do Papa são retuitados, em média, 11.000 vezes, fazendo do pontífice o líder global mais influente da rede social.

Os resultados do estudo apontam que o Twitter se consolidou como uma ferramenta de integração política global e de relações diplomáticas, mas que o Brasil está perdendo uma excelente oportunidade de ampliar o diálogo com a população e seus parceiros internacionais.

“O Twitter é uma plataforma ágil e direta, utilizada utilizada ativamente por 19,2 milhões de brasileiros. As empresas já descobriram o poder e o alcance da ferramenta. Líderes em todo o mundo a utilizam para diálogo com cidadãos e contato com seus pares em outros países. É uma oportunidade para o governo brasileiro conversar com a população e com parceiros”, diz Cely Carmo Giraldes, estrategista digital da Burson-Marsteller para a América Latina.

O Itamaraty (@MREBRASIL) dá um exemplo do uso eficiente do Twitter pelas instituições públicas. O perfil é o mais conectado entre os ministérios das relações exteriores dos países América Latina, tem mais de 80.000 seguidores e publica conteúdo de interesse com frequência, além de compartilhar conteúdo em outros formatos, como fotos e posts no blog oficial.


Paula Bakaj, diretora de assuntos públicos da Burson-Marsteller Brasil, reafirma a importância da comunicação entre órgãos do poder público e a população: “As manifestações que assistimos recentemente são uma evidência de que a população quer transparência e abertura dos governantes. É fundamental que o poder público estabeleça canais de diálogo com a sociedade, que cada vez mais participa da vida cívica e quer acompanhar as atividades de seus representantes”, comentou.

Os dados completos do Twiplomacy 2013 estão disponíveis em http://twiplomacy.com (em inglês).

Outros dados do estudo

- A presidente da Argentina Cristina Kirchner é a líder mais seguida da América Latina, com mais de 2,1 milhões de seguidores, e tuíta com frequência.

- A presidência da Venezuela tem o perfil mais ativo, com uma média de 40 tweets por dia.

- Estima-se que um terço dos chefes de estado e ministros analisados estão tuitando eles mesmos.

- O ministro das relações exteriores da Suécia é o líder mais bem conectado, e o primeiro ministro de Uganda é o que mais interage com seus seguidores: 96% de seus tweets são replies.

Os dados analisados foram coletados em Julho de 2013 das contas de 505 chefes de estado, governos, ministros das relações exteriores e suas instituições em 153 países Foram estudadas 50 variáveis por meio da ferramenta Twitonomy (http://twitonomy.com). A Burson-Marsteller usou o Doesfollow (http://doesfollow.com) para analisar as conexões entre os líderes.

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