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O que é o Bilibili, YouTube da China que já tem 200 milhões de usuários

Gigante chinês de conteúdo de vídeo teve queda na estreia, com ações caindo 1% em relação ao preço da oferta inicial

Bilibili: empresa cresceu durante a pandemia e tem 202 milhões de usuários mensais (Long Wei/VCG/Getty Images)

Bilibili: empresa cresceu durante a pandemia e tem 202 milhões de usuários mensais (Long Wei/VCG/Getty Images)

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Thiago Lavado

Publicado em 29 de março de 2021 às 10h45.

Última atualização em 29 de março de 2021 às 11h35.

O número de empresas chinesas listadas nos EUA que abrem capital em Hong Kong continua crescendo. O Bilibili, espécie de YouTube da China, levantou 2,6 bilhões de dólares com um IPO em Hong Kong, se tornando a terceira empresa com capital aberto nos Estados Unidos a ter uma listagem chinesa neste ano.

O Bilibili começou em 2009 como um site que transmitia animações japonesas para uma gigantesca audiência jovem na China. Com o tempo, o serviço expandiu o escopo e passou a ofertar outros tipos de conteúdo, como vlogs, além de expandir o negócio para quadrinhos e games mobile.

A empresa foi apoiada por nomes gigantes como Tencent, Alibaba e Sony e tem o faturamento vindo de publicidade, lives e inscrições premium. Durante a pandemia, o Bilibili se beneficiou do distanciamento social, com uma média de 202 milhões de usuários mensais, crescimento de 55% no quarto trimestre do ano passado.

O crescimento no número de usuários se refletiu na valorização da empresa. No mercado americano, o Bilibili já vale 34,2 bilhões de dólares.

Apesar dos números, o papel foi recebido em temperatura morna em Hong Kong. Começou caindo 7% e terminou com queda de 1% ante o valor da oferta inicial. O mesmo aconteceu com o buscador Baidu, que teve queda de 23% desde sua segunda listagem em Hong Kong em 23 de março.

A queda das empresas chinesas em Hong Kong é o reflexo de uma nova política adotada pelas autoridades americanas. Aprovada durante o governo de Donald Trump, a medida requer que algumas empresas estrangeiras sejam vigiadas e tenham que fornecer documentação a mais para estabelecer que não são controlados por uma entidade governamental.

Sob as novas regras, os reguladores podem impedir a negociação de ações de empresas que não estejam alinhadas às novas regras. As restrições nos EUA preocupam ao mesmo tempo que o governo chinês impõe regras mais duras às companhias nacionais, de tecnologia em finanças ao e-commerce.

 

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