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Não espere privacidade ao usar o Gmail, diz Google

Em resposta à ação judicial, empresa diz que as pessoas não devem se surpreender com o fato de que seus e-mails sejam vistos pelo provedor do destinatário


	Google: segundo a empresa, quem usa o Gmail necessariamente concorda com seus termos e políticas de privacidade
 (Reuters)

Google: segundo a empresa, quem usa o Gmail necessariamente concorda com seus termos e políticas de privacidade (Reuters)

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Gabriela Ruic

Gabriela Ruic

Publicado em 27 de junho de 2014 às 15h49.

São Paulo – O Google adverte: Não espere privacidade ao usar o Gmail. Portanto, se você é um dos mais de 400 milhões de usuários do serviço gratuito de e-mails da empresa, é bom ter em mente que as mensagens trocadas via Gmail não são exatamente restritas apenas aos remetentes e destinatários.

“Assim como o remetente de uma carta para um colega de trabalho não pode se surpreender se o assistente do destinatário a abrir, quem usa serviços de e-mail baseados na web não pode se surpreender com o fato de que suas mensagens são processadas pelo provedor”, declarou o Google.

O contexto do argumento é um pedido de indeferimento solicitado pela empresa à justiça americana e é a resposta do Google a uma ação judicial da qual é alvo.

Esta ação, revelada pela entidade de proteção ao consumidor Consumer Watchdog, alega que a empresa viola leis americanas quando acessa os e-mails para determinar quais anúncios serão exibidos aos usuários no Gmail.

Já o Google, por sua vez, diz que os termos de serviço e as políticas de privacidade do Gmail são claros e explicam detalhadamente o que acontece com as mensagens trocadas através dos seus servidores. Quem concorda em usar o Gmail, portanto, também está de acordo com os seus termos.

Google x privacidade

Apesar de dura, a posição da empresa em relação à privacidade dos usuários dos seus serviços não é uma novidade. O site Business Insider lembrou um episódio similar envolvendo Eric Schimidt, presidente do conselho do Google, em uma entrevista à rede americana CNBC, em 2009.

O executivo declarou que, na realidade, os mecanismos de buscas retêm informações dos seus usuários em certos momentos. “E, nos Estados Unidos, estamos sujeitos ao Patriot Act e é possível que tais informações sejam disponibilizadas às autoridades”, finalizou. 

*Matéria atualizada em 14/08, às 16h45: Em nota, o Google esclarece que “nenhum ser humano lê os e-mails ou a informação das contas dos nossos usuários para mostrar anúncios ou informações relacionadas. O processo é automático e faz parte da atividade normal de fornecer o serviço para o usuário. A privacidade e a segurança de nossos usuários sempre foi e continuará sendo a nossa prioridade”.

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