Tecnologia

Inteligência artificial humilha piloto em combate simulado de aeronaves

Aeronaves comandadas por tecnologias de inteligência artificial derrotaram por um placar de 5 a 0 os caças pilotados por um humano

Se fosse um combate real, o piloto humano teria sua aeronave destruída contra seu oponente computadorizado (bbevren/Getty Images)

Se fosse um combate real, o piloto humano teria sua aeronave destruída contra seu oponente computadorizado (bbevren/Getty Images)

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Rodrigo Loureiro

Publicado em 25 de agosto de 2020 às 10h25.

Última atualização em 25 de agosto de 2020 às 10h26.

Uma bateria de testes simulados de combate entre aeronaves mostrou que melhor piloto pode não ser um feito de carne e osso. Nos testes virtuais conduzidos pela Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa (Darpa, na sigla em inglês), na última semana, as aeronaves que teriam sido pilotadas por dispositivos de inteligência artificial derrotaram facilmente os caças pilotados por humanos.

O placar final do combate simulado AlphaDogfight entre aviões F-16 ficou em 5 a 0 para a inteligência artificial desenvolvida pela empresa Heron Systems. As aeronaves que usaram a tecnologia da Heron também foram capazes de derrubar outros aviões munidos com inteligência artificial, mas desenvolvida por empresas concorrentes. Desta forma, os testes podem ajudar a Heron a firmar novos contratos com órgãos de defesa americanos.

As simulações foram exibidas ao vivo pelo canal da Darpa no YouTube em uma transmissão de mais de cinco horas de duração (e que pode ser conferida abaixo).

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O piloto humano que participou dos testes é identificado pelo codinome Banger. Ele diz que as batalhas simuladas o ajudaram a entender melhor o comportamento da inteligência artificial nos cockpit. Um exemplo é que na quinta disputa, o piloto tomou uma decisão arriscada de manobra que obrigou seu oponente computadorizado a cometer um erro, o que poderia deixar a defesa exposta para um eventual contra-ataque.

“Seria uma falta de integridade eu dizer hoje que não confio na capacidade da inteligência artificial de realizar movimentos aéreos refinados”, disse Banger.

As próximas etapas para o programa de testes incluem a integração da inteligência artificial em naves reais e tripuladas. Isso deve demorar para acontecer, com as primeiras avaliações sendo realizadas daqui uma ou duas décadas.

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