Tecnologia

Google diz que Android 12 vai facilitar uso de lojas de apps de terceiros

Anúncio acontece em meio a momento que empresas e desenvolvedores discutem o modelo de loja de aplicativos

Android: Google quer dar mais liberdade para diferentes lojas de aplicativos no sistema operacional (SOPA Images/Getty Images)

Android: Google quer dar mais liberdade para diferentes lojas de aplicativos no sistema operacional (SOPA Images/Getty Images)

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Thiago Lavado

Publicado em 28 de setembro de 2020 às 19h24.

Última atualização em 28 de setembro de 2020 às 19h51.

O Google está se preparando para a briga em torno de lojas de aplicativos. A empresa anunciou nesta segunda-feira, 28, em uma publicação no blog de desenvolvedores do Android, que irá facilitar o acesso a lojas de aplicativos de terceiros a partir da próxima edição do sistema operacional, que será lançada no ano que vem.

Atualmente, usuários de Android já podem instalar aplicativos de terceiros ou que estejam fora da loja de aplicativos oficial do Google. Por exemplo, existe a loja de aplicativos da Samsung, nos smartphones desenvolvidos pela coreana. "Nós faremos mudanças no Android 12 [lançado no ano que vem] para que possa ser ainda mais fácil para as pessoas usarem outras lojas de aplicativos em seus aparelhos, enquanto tomamos cuidado para não comprometer as medidas de segurança do Android", disse a empresa, que adicionou que trará mais novidades sobre isso.

O texto publicado pela empresa fala sobre escutar e atender às demandas da comunidade de desenvolvedores, e afirma ainda que a empresa irá tomar maior transparência sobre política de pagamento no Google Play, tratamento igual a todos os aplicativos e até a possibilidade de distribuir apps em diferentes lojas.

"Alguns dos temas-chave que ouvimos incluem dar suporta à possibilidade de desenvolvedores escolherem como distribuem seus aplicativos por múltiplas lojas de apps em diferentes plataformas (mobile, PC e console), cada uma com seu modelo de negócios competindo em um mercado saudável", disse o Google no texto.

O Google disse também que pretende permitir que desenvolvedores possam se comunicar diretamente com consumidores e que deve adotar inovações e tecnologias que permitam melhorar a experiência dos consumidores.

O anúncio joga luz em outra mantenedora de lojas de aplicativos: a Apple. A empresa tem enfrentado críticas e até batalhas judiciais nas últimas semanas, por causa da rigidez das regras em sua loja de aplicativos. A mais famosa briga recente da empresa é com a Epic Games, desenvolvedora do game Fortnite, removido da App Store por ter violado regras de compra e pagamento da Apple.

O Fortnite também foi removido da loja do Google, mas ainda é possível adquirir o jogo nos Android porque pode ser baixado diretamente do site da Epic ou em outras lojas de aplicativos.

Diferentemente do Google, que permite outras lojas, a Apple tem uma política rígida em relação ao que pode ou não estar na App Store, a empresa impede aplicativos que infrinjam suas regras, e mantém um ambiente confiável para o usuário, mas cobra uma taxa por isso. As transações na loja da empresa são taxadas em até 30%, o que já angariou manifestações de gigantes da tecnologia, como Facebook, Spotify e Match Group (dona do Tinder), além da Epic.

 

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