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Facebook já exibe mais vídeos que o YouTube

Levantamento da comScore mostra que o Facebook gerou mais visualizações de vídeos em desktops do que o YouTube


	Facebook: rede social gerou mais visualizações de vídeos em desktops do que o YouTube
 (David Paul Morris/Bloomberg)

Facebook: rede social gerou mais visualizações de vídeos em desktops do que o YouTube (David Paul Morris/Bloomberg)

Victor Caputo

Victor Caputo

Publicado em 27 de outubro de 2014 às 14h58.

São Paulo – Em agosto deste ano, houve uma grande virada em alguns números na internet. De acordo com a consultoria comScore, naquele mês, o Facebook superou o YouTube em exibição de vídeos em desktops nos Estados Unidos.

Em agosto de 2013, falar em um cenário desse seria uma loucura completa. Lá, o Facebook não chegava nem a 1 bilhão de vídeos visualizados por mês, ainda de acordo com a comScore. Já o YouTube tinha cerca de 15 bilhões de visualizações.

Em uma conversa no sede do Facebook em São Paulo, Thiago Gomes, gerente de marketing de produto da empresa (um dos mais envolvidos com a plataforma de vídeo aqui no Brasil), falou sobre o investimento. “O Facebook é uma plataforma poderosa para consumo e descobertas de vídeos. Estamos trabalhando nesse sistema há três anos e meio e hoje ele é um de nossas prioridades”, afirmou.

Os números de vídeo do Facebook são gigantescos. Por dia, são geradas cerca de um bilhão de visualizações de vídeos na rede social. A subida nos números, no entanto, contou com uma ajudinha.

Recentemente o Facebook começou a tocar os vídeos automaticamente. Aqui no Brasil, para ser mais específico, isso começou a pouco mais de duas semanas. Aqui, o autoplay funciona apenas se o usuário estiver conectado ao Wi-Fi (para que a cota da rede móvel não seja consumida pelos vídeos).

Nos Estados Unidos o autoplay funciona mesmo que o usuário esteja usando uma rede móvel. De acordo com algumas análises, o recurso de início automático do vídeo foi um dos motivos para o estouro no número de views do Facebook.

Mas outros fatores também contribuem para isso. De acordo com Gomes, um dos momentos de maior crescimento para os vídeos foi a época do Desafio do Balde de Gelo. Entre o dia 1º de junho e 1º de setembro deste ano, foram compartilhados 17 milhões de vídeos no Facebook. Isso gerou o assombroso número de 10 bilhões de visualizações, por 440 milhões de usuários diferentes.

O Brasil é um dos maiores consumidores de vídeos, de acordo com o Facebook. Junto dele estão Estados Unidos, Reino Unido, Coreia do Sul e México.

Marcas

Outro ponto importante para o Facebook em relação aos vídeos é na área de anúncios. A expectativa do Facebook é convencer as marcas que a rede social é um ambiente propício para a publicação de vídeos.

A rede de Mark Zuckerberg trabalha com números para comprovar esse fato. Um levantamento da Social Bakers, uma consultoria, mostra que a retenção média dos vídeos publicados no Facebook é de 57% (isso significa que 57% das pessoas param e assistem a um vídeo quando ele passa no Feed de Notícias). A média do mercado seria de 40%.

A média de duração de um vídeo na rede é de 44 segundos e aqueles com até 61 segundos são os que atingem melhor desempenho. Mas isso não significa que vídeos mais longos têm uma performance ruim.

Para Gomes, a questão é trabalhar bem a plataforma. “Não basta achar que o Facebook deve ser trabalhado da mesma forma que um vídeo para televisão”, afirma.

“São plataformas diferentes e complementares. No nosso Feed de Notícias, o conteúdo está competindo com histórias muito interessantes. É um amigo seu na praia em cima do vídeo e as fotos do casamento do seu irmão na parte inferior. É preciso pensar o vídeo para essa situação”, completa Gomes.

O Facebook trabalha agora no aumento de anúncios em vídeo na rede social. Há três meses a empresa vem oferecendo resultados usando métricas alinhadas com o mercado aqui no Brasil.

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