Redator freelancer
Publicado em 31 de maio de 2024 às 14h35.
O boom da internet, na década de 1990, bem como a sua expansão e a proliferação da banda larga, dos planos de dados móveis, nos apresentou a um mundo novo, hiperconectado por todo o planeta e, com ele, a necessidade de se criar termos para situações específicas no universo online.
Uma dessas situações é a “intranet” e, por mais que você possa ter um entendimento básico dela – é a “internet”, só que “fechada” apenas para aplicações de uma determinada empresa, certo? – seu escopo completo pode lhe surpreender.
Como dissemos, a “intranet” nada mais é que uma rede de comunicação a serviço de uma organização, e que trabalha de forma fechada à teia mundial de computadores que conhecemos como “internet”.
Entretanto, há quem pense que a intranet não é a internet de fato, e essa é uma impressão equivocada: a “intranet” é a “internet”. Isso porque não estamos falando de duas coisas distintas, mas sim de um procedimento que envolve permissões e acessos dentro da mesma internet que usamos diariamente.
Você mesmo já deve ter entendido isso sem perceber: uma empresa que não permite o acesso à navegação para qualquer site na rede por ser “bloqueada” é, de forma prática, uma política de permissões de acesso (ou a ausência dele) colocada em prática.
Ao mesmo tempo, a intranet permite que você abra aplicações pertinentes apenas à organização que a comanda, como por exemplo sistemas de ponto para o departamento de RH, consulta de finanças por meio de algum software proprietário da empresa, esse tipo de coisa.
E uma intranet é composta de diversos elementos similares à internet, mas controlados em relação ao que pode ou não abrir/acessar:
A primeira – e mais óbvia – função da intranet é preservar o uso de recursos de uma empresa dentro de um ambiente de rede que ela mesma controle. Isso vale para qualquer coisa: acesso a sites, transmissão de dados, controle de volume de download e upload e monitoramento de atividades dos funcionários e usuários conectados à ela.
Entretanto, há outras demandas que uma intranet bem configurada pode permitir, tais como:
Como você já deve ter percebido, a intranet é uma forma de uma empresa ou organização manter o seu ambiente de rede seguro frente à internet aberta. Isso encontra reflexo no acesso à intranet, já que você deve, antes de tudo, ter alguma filiação com aquela organização.
Você pode ser um funcionário da empresa, um fornecedor de serviços para ela ou algo do tipo – nestes casos, a própria empresa tratará de lhe fornecer acesso à intranet por meio de uma credencial (geralmente, nome de usuário e senha, mas há casos de conexão via número de celular etc.).
O interessante é que, sendo um acesso privado, ele já vem com o grau de permissões atribuído à posição correspondente: um analista júnior, por exemplo, não terá os mesmos recursos de um gerente, mesmo que a intranet seja a mesma para ambos.
Acessar uma intranet sem ter relação com a empresa que a controla? Isso não é possível – ao menos, não sem violar inúmeras leis de proteção de dados e uma boa chance de levar um processo.
Como vimos, a intranet é um recurso excelente para que empresas consigam proteger seus dados mais sensíveis, além de gerenciar as atividades de seus funcionários e monitorar ativamente o progresso das demandas do seu negócio.
Além disso, a intranet é extremamente versátil em abrir possibilidades seguras de comunicação e integração entre seus membros, seja por aplicações de mensagens previamente instaladas e aprovadas, ou em ferramentas de colaboração e produtividade, como documentos redigidos e editados por vários colaboradores.
Mais além, há a capacidade escalável da intranet: ao contrário do que se possa pensar, ela não é um ponto fixo na rede, e suas políticas e permissões sempre podem ser atualizadas para receber mais aplicações.
Infelizmente, como tudo o que envolve uma conexão online, a intranet também traz alguns problemas: o primeiro é a implantação – não raro, muitas organizações “medem” erroneamente seus próprios tamanhos, o que leva a custos incrivelmente exagerados.
Isso porque a instalação de uma intranet – sendo ela um recurso privado – também requer investimentos constantes: não apenas você precisa da estrutura de rede no local, mas também precisará de profissionais para a manutenção diária das atividades. E nem precisamos começar a falar da familiarização de funcionários com o seu uso, o que requer treinamento e, obviamente, mais dinheiro investido.
Além disso, apesar de ser feita para proteger dados, a intranet não é livre de ataques e invasões, e manter a saúde diária de sua segurança empresarial não é uma tarefa fácil, exigindo a contratação de pessoal competente para essa atividade, atualização e implementação de aplicações e, no pior caso, controle de danos e gerenciamento de crise.