Redator freelancer
Publicado em 19 de abril de 2024 às 07h00.
Uma situação pela qual, infelizmente, todos nós já passamos, é a perda do nosso smartphone. Seja por um descuido nosso – um lapso de memória, por exemplo – ou, pior, alguém nos assaltou ou furtou em um momento de desatenção, o estresse e preocupação com suas informações é sempre o mesmo.
Há, obviamente, formas de rastrear a localização do seu aparelho e, com isso e muita sorte, tentar reavê-lo. Vamos ressaltar que, em caso de roubos, o monitoramento deve ser usado para ajudar as autoridades a encontrar o item perdido, não para você mesmo ir atrás deles. Segurança em primeiro lugar, ok?
Isso dito, veja as formas mais conhecidas de como monitorar a localização do seu smartphone:
Tecnicamente, sim. A pergunta mais correta, no entanto, seria “É possível VOCÊ rastrear um celular pelo número” – neste caso, não, não é.
O monitoramento ativo de localização por linha telefônica – em termos leigos: “achar a posição do celular pelo número dele” – é um recurso legal, usado pelas autoridades policiais e judiciais quando o aparelho é suspeito de envolvimento em crimes extremos.
Obviamente, tal recurso não é utilizado à toa: a mera observação de uma linha telefônica móvel requer diversas permissões e mandados de busca, e mesmo quando usado pela polícia, este recurso ainda é passível de erros e pode até invalidar a busca pelo aparelho procurado.
Legalidades à parte, no entanto, há diversas formas de se monitorar a localização de um celular roubado em tempo real ou, ao menos, as suas “andanças” mais recentes.
O Google Find é uma ferramenta atrelada à sua conta com a empresa de Mountain View que, em resumo, monitora ativamente a localização do seu aparelho pela internet. O interessante é que você não precisa ativá-la manualmente: ao conectar um aparelho à sua conta no Google, a função é automaticamente acionada e funciona sempre que você estiver conectado à internet.
Para utilizar o Google Find, você vai precisar de um computador (não há sentido em existir um app móvel dele se seu smartphone foi roubado, convenhamos). A partir daí:
A partir daí, você tem uma série de opções disponíveis, desde notificar o aparelho do monitoramento com uma mensagem customizada (caso alguém que não seja um ladrão o tenha encontrado e queira devolvê-lo), passando por apagar completamente os seus dados dele (preservando as suas informações pessoais) ou fechar o aparelho por meio de senha customizada.
É importante lembrar de dois detalhes: o primeiro é que a localização só funciona com o aparelho conectado à internet ou com o bluetooth ligado, então se o autor do roubo o desligar ou desabilitar a emissão de sinais (como o Modo Avião), o monitoramento em tempo real não será possível.
A outra informação é a de que o Google Find não funciona com contas corporativas e perfis de trabalho.
A Mi Cloud da chinesa Xiaomi é primariamente útil para quem tem um aparelho da marca ou de suas subsidiárias (Redmi e POCO), mas a aplicação também atende a outros aparelhos da marca e também se conecta à conta do Google.
Inclusive, o funcionamento da Mi Cloud e do Google Find são bastante similares:
Alternadamente, o site da Xiaomi também tem uma opção de login que, uma vez conectada, traz um link que o leva para a Mi Cloud.
As mesmas normas de uso – necessidade de internet ou bluetooth – também se aplicam aqui.
Usuários do iOS, que contempla aparelhos “iPhone” da Apple, também têm um recurso próprio de monitoramento de localização em tempo real dentro do serviço “iCloud”. Trata-se do aplicativo “Find My” ou, no bom português, “Buscar”. O seu uso é muito simples e não difere muito das opções que vimos até aqui:
Aqui, o mapa interativo já vai exibir a localização aproximada em tempo real do seu iPhone ou, caso isso não seja possível, seu último local conhecido. Como de praxe, você também terá opções destinadas a travar o aparelho, notificá-lo por mensagem ou, finalmente, apagar todos os seus dados remotamente.
A Apple, contudo, oferece uma opção para busca aproximada de aparelhos perdidos mesmo com eles desligados. Vamos detalhar este recurso mais abaixo, ao longo do texto.
Smartphones da Samsung também conta com um recurso próprio de busca de aparelhos perdidos – atualmente chamado “SmartThings Find”, mas antes, conhecido como “Encontre meu Aparelho”.
Assim como o “Buscar” da Apple, a vantagem desta aplicação sobre o buscador do Google é a de que ele se conecta a todo o ecossistema de dispositivos da Samsung – contemplando não apenas os smartphones e tablets da sul-coreana, como também seus fones bluetooth, smartwatches e até notebooks. A má notícia: ele “só” funciona com dispositivos da fabricante.
Para usá-lo, você deve ter em mãos um computador e ter uma conta Samsung atrelada ao aparelho. A partir daí, faça o seguinte:
Similar à Apple, a Samsung também tem uma opção que permite o monitoramento de localização aproximada mesmo com o aparelho desligado – o recurso se chama “Galaxy Network” e é exclusivo de aparelhos da empresa. Vamos explicar ambos no tópico a seguir.
Pelo Google Find, não há uma opção correspondente a buscar a localização de um aparelho roubado ou perdido se ele estiver desligado ou desconectado de qualquer rede. Há rumores de que o Google estaria testando formas de mudar isso com a chegada do Android 15, mas a empresa não confirmou nem negou estas informações até agora.
O mesmo vale para aparelhos Android totalmente desligados. Estes ficam “escondidos” dos sistemas de monitoramento até que sejam religados novamente.
Fabricantes específicas, no entanto, contam com recursos do tipo, os quais você pode utilizar se obedecer a certas condições necessárias antes de se perder o aparelho:
O nome do recurso é “Galaxy Network” e o funcionamento dele é, ao mesmo tempo, simples e engenhoso. Essencialmente, ele “abre” o seu aparelho para ser identificado por outros dispositivos Galaxy nas proximidades, usando a função bluetooth.
Essencialmente, ele faz o seu aparelho emitir um sinal que pode ser captado por outros aparelhos na área. Estes outros aparelhos devolvem esse sinal ao dispositivo perdido e, com isso, se estabelece uma localização aproximada dele – pense no mesmo efeito do “sonar”, usado por baleias e morcegos, mas ao invés de som, o sinal vem de ondas de rádio que compõem o bluetooth.
Com essa vantagem acionada, todo e qualquer aparelho do ecossistema Galaxy com alguma capacidade bluetooth, de smartphones a relógios inteligentes, passando por fones de ouvido e alguns notebooks, poderão servir para aproximar a localização do seu aparelho perdido.
Ao contrário do Android, o iPhone consegue, sim, monitorar aparelhos 100% desligados. Assim como na dica anterior, porém, você precisa ativar o recurso previamente pelo próprio celular, antes de perdê-lo:
Agora, vamos para o acionamento da “Rede Buscar”, a função que permite que você busque um aparelho mesmo que ele seja desligado. Assim como a sua contraparte na Samsung, ela também usa o bluetooth para criar uma rede de sinais criptografados que “conversa” com outros aparelhos do mesmo ecossistema nas proximidades. Ainda de posse do aparelho, faça o seguinte:
A partir daí, depois que você perder o dispositivo, acesse o menu do iCloud em um computador – conforme você viu na dica relacionada ao iPhone, mais acima, para ver a localização no mapa interativo.
Aplicações desenvolvidas por empresas terceirizadas também podem ajudar na hora em que um smartphone foi perdido ou roubado. Embora a maior parte delas funcione exatamente da mesma forma que as opções nativas listadas acima, algumas contam com alguns “extras”. Aqui vão as mais populares:
A má notícia é que todos esses apps contam com planos específicos de uso: enquanto todos têm versões gratuitas, as funções mais interessantes estão escondidas nos planos de assinatura pagos. E no caso do Find Lost Phone, infelizmente ele não tem uma versão para iOS, apenas Android.