Loja da Samsung em Xangai: lei dos chips reservou US$ 39 bilhões em subsídios diretos à empresas de semicondutores (Aly Song/Reuters)
Redação Exame
Publicado em 15 de março de 2024 às 14h14.
Os Estados Unidos planejam conceder mais de US$ 6 bilhões à Samsung para expandir um projeto no Texas de fabricação de chips. As informações são da Bloomberg.
O dinheiro da Lei de Chips e Ciência de 2022 seria um dos vários anúncios que devem acontecer nas próximas semanas, incluindo uma concessão de mais de US$ 5 bilhões para a rival asiática da Samsung, a Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC).
O financiamento federal para a Samsung, a principal fabricante de chips da Coreia do Sul, seria um investimento adicional significativo da empresa nos EUA. Em 2021, a empresa anunciou um projeto de US$ 17 bilhões em Taylor, Texas, próximo a uma fábrica já existente da companhia em em Austin.
A Samsung disse anteriormente que sua unidade em Taylor estava programada para iniciar a produção em massa este ano, mas esse cronograma está sendo adiado para 2025. Desde então, funcionários da empresa disseram que não podem confirmar o cronograma.
A Lei dos Chips reservou US$ 39 bilhões em subsídios diretos - além de empréstimos e garantias de empréstimos no valor de US$ 75 bilhões - para persuadir as principais empresas de semicondutores do mundo a fabricar chips em solo americano após décadas de produção no exterior, num movimento que vem confrontando a China diretamente.
As autoridades americanas vêm negociando há meses com os fabricantes de chips de última geração que alimentarão o boom da inteligência artificial e reservaram cerca de US$ 28 bilhões para esses projetos avançados, disse a secretária de Comércio, Gina Raimondo.
A Intel - a principal concorrente americana da Samsung e da TSMC - está em negociações para um pacote da Lei de Chips de mais de US$ 10 bilhões, abrangendo concessões e empréstimos. Espera-se que o acordo de incentivo da Intel seja anunciado na próxima semana e que os outros fabricantes de chips avançados sigam o mesmo caminho, segundo a Bloomberg.
Há também a questão dos US$ 3,5 bilhões em subsídios da Lei de Chips para a produção de chips militares - dinheiro que deve ir para a Intel e que atrapalhou as negociações nas últimas semanas depois que o Pentágono desistiu de sua parte do financiamento.