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Em São Paulo, desenvolvedores vibram com navegação offline no Google Maps

Google organizou uma versão estendida do I/O em São Paulo, mas nem todos lançamentos empolgaram a plateia brasileira

Google I/O Extended São Paulo (Filipe Serrano/INFO)

Google I/O Extended São Paulo (Filipe Serrano/INFO)

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Da Redação

Publicado em 28 de maio de 2015 às 15h42.

Os desenvolvedores brasileiros que acompanharam a apresentação do Google I/O em São Paulo vibraram com o anúncio feito nesta quinta-feira de que o aplicativo do Google Maps terá um modo offline capaz de fazer buscas e traçar rotas sem necessidade de conexão.

Assim que a vice-presidente de engenharia Jen Fitzpatrick mostrou a nova funcionalidade, a plateia brasileira de aproximadamente 150 pessoas teve uma reação de espanto. “Aí, sim, hein”, disse um dos espectadores em voz alta. Em seguida, o burburinho tomou conta da sala de conferências no escritório do Google. A INFO acompanhou a apresentação no local. A maior parte dos participantes era de desenvolvedores e designers que trabalham com aplicativos.

“O Google Maps offline é um recurso que vai ser muito útil”, disse desenvolvedor Lucas Andrade, que trabalha em um agência de publicidade em São Paulo. “Todo mundo precisa disso.”

Apesar da reação animada, a maioria das novidades apresentadas nesta quinta-feira foi recebida de forma sóbria pela plateia brasileira. Enquanto os espectadores nos Estados Unidos aplaudiam cada anúncio do Google, quem acompanhou a transmissão nos telões em São Paulo não demonstrou a mesma empolgação com as novas plataformas de internet das coisas (Brillo e Weave), as novas buscas contextuais no Google Now e o novo sistema de pagamentos móveis Android Pay.

No entanto, outras novidades foram recebidas com mais entusiasmo, como um novo modo soneca (doze) -- que permite economizar a bateria de smartphones em stand-by --, um novo padrão de porta USB-C, capaz de carregar a bateria entre 3 e 5 vezes mais rápido, e a possibilidade de selecionar diversas fotos arrastando o dedo no novo aplicativo de fotos da empresa.

O desenvolvedor de games Ricardo Cherobin, de Santa Catarina, elogiou também o projeto do Google para levar os óculos de realidade virtual Cardboard às escolas. “Como eu trabalho com jogos infantis, isto abre um leque totalmente novo para levar os games para a sala de aula”, disse. “Vai ser uma das modificações que eu realmente vou levar para frente.”

Esta foi a terceira vez em que o Google organiza um evento em São Paulo para que desenvolvedores brasileiros acompanhassem e discutissem os novos lançamentos relacionados ao Android. Neste ano, o evento foi transmitido a mais de 460 localidades pelo mundo, incluindo 16 cidades brasileiras. Segundo a empresa, cerca de 2 milhões de pessoas acompanharam o evento online.

Durante esta quinta-feira, os desenvolvedores puderam assistir a palestras de engenheiros do Google no Brasil que falaram sobre plataformas de nuvem, APIs para o Google Maps, o padrão Material Design, entre outros temas relacionados ao desenvolvimento de aplicativos.

“O que foi muito interessante e me espantou é o uso do Google Now através do contexto, que é capaz de entender até a música que nós estamos ouvindo”, afirma Cherobin. “Isso pode melhorar as pesquisas no Google, mas mostra como cada vez mais ele está nos espionando, querendo saber o que a gente gosta, o que a gente quer.”

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