Tecnologia

Em fase de transformação, IBM aposta no Watson

Empresa divulgará resultados nesta terça-feira; nuvem híbrida, inteligência artificial, blockchain, segurança e big data se mantêm como esperança

IBM: no fim de outubro, a gigante de tecnologia comprou a Red Hat, uma fornecedora de serviços de computação em nuvem, por 34 bilhões de dólares (Joern Pollex/Getty Images)

IBM: no fim de outubro, a gigante de tecnologia comprou a Red Hat, uma fornecedora de serviços de computação em nuvem, por 34 bilhões de dólares (Joern Pollex/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 22 de janeiro de 2019 às 06h09.

Última atualização em 22 de janeiro de 2019 às 17h46.

A IBM, uma das mais icônicas empresas americanas de tecnologia, divulga nesta terça-feira resultados trimestrais num momento de transformação. O último trimestre de 2018 foi marcado por um dos maiores negócios da história da indústria de tecnologia: a IBM comprou a Red Hat, uma fornecedora de serviços de computação em nuvem, por 34 bilhões de dólares. A aquisição astronômica fica apenas atrás do negócio entre a Dell e a EMC, de 67 bilhões de dólares.

Com o reforço, a IBM fortalece sua migração – que já acontece há anos – para os serviços de nuvem corporativa para concorrer com Alphabet, Amazon e Microsoft. Ainda assim, analistas temem pela capacidade de a empresa manter os funcionários da Red Hat e também avaliam que a compra pode ter sido cara demais.

No período de outubro a dezembro, os analistas preveem que a IBM terá uma receita trimestral de 21,8 bilhões de dólares. O valor, que deve ser conhecido hoje no fim do dia, pode ficar abaixo do resultado de 2017, de 22,5 bilhões de dólares. Se confirmado, o número reflete a estagnação no faturamento que a gigante de tecnologia vem registrando desde 2015.

Depois da compra da Red Hat, a IBM anunciou, em dezembro, a venda da sua unidade de produtos de software para a indiana HCL, por 1,8 bilhão de dólares. O negócio ajuda a captação de recursos para a super aquisição de outubro e, ao mesmo tempo, desvincula a empresa de áreas que já não são mais prioridade.

No terceiro trimestre, a IBM ressaltou sua liderança em segmentos importantes para a tecnologia nos próximos anos, como nuvem híbrida, inteligência artificial – divisão do famoso Watson – , segurança da informação, análise de dados e produtos com blockchain (tecnologia de registro virtual que é a base das criptomoedas, como o bitcoin). “O progresso e o momentum da IBM neste ano em segmentos emergentes de alto valor da indústria de TI são puxados pela nossa tecnologia inovadora, profunda expertise de indústria e comprometimento com segurança e confiança”, afirmou na ocasião Ginni Rometty, presidente da IBM.

A divisão que engloba esses serviços da empresa é chamada de “imperativos estratégicos” e se mantém como a esperança de investidores e analistas. No período de janeiro a setembro de 2018, a unidade cresceu 13% na comparação com o mesmo período do ano anterior e atingiu uma receita de 39,5 bilhões de dólares. Quase a metade da receita da empresa (49%) vinha desses produtos nos últimos 12 meses. A meta para 2018 é fechar com 40 bilhões de dólares.

Será que a elementar divisão do Watson puxará o crescimento em 2019? Analistas acreditam que sim, junto com as demais áreas “imperativas estratégicas”.

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