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Cenário ruim: como está a CrowdStrike após apagão cibernético global?

Paralisação em computadores atrasou cerca de US$ 60 milhões em negócios

CrowdStrike foi fundada em 2011 por ex-executivos do antivírus McAfee (Future Publishing/Getty Images)

CrowdStrike foi fundada em 2011 por ex-executivos do antivírus McAfee (Future Publishing/Getty Images)

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Luiz Anversa
Luiz Anversa

Repórter colaborador

Publicado em 29 de agosto de 2024 às 08h12.

A CrowdStrike, empresa que ficou conhecida por ter causado o apagão cibernético global no mês passado, diminuiu a perspectiva de seu crescimento para o ano e emitiu uma orientação pessimista para o trimestre atual.

A empresa de segurança cibernética disse na quarta-feira que esse cenário ruim se deve a mais de US$ 60 milhões em "incentivos" que está fornecendo a pacotes de compromisso com o cliente.

Em julho, um bug no software Falcon da CrowdStrike deixou 8,5 milhões de computadores offline, atrasando milhares de voos, quebrando sistemas de back-end e tornando laptops temporariamente inutilizáveis. A paralisação atingiu particularmente a Delta Air Lines, que foi forçada a cancelar cerca de 7.000 voos.

A companhia seguiu trabalhando no problema e suas consequências duas semanas após o apagão.

Como tal, os analistas não esperavam que a empresa mostrasse um impacto de curto prazo tão grande em seus resultados. A empresa registrou custos de cerca de US$ 5 milhões devido ao incidente relacionado a honorários advocatícios e outras despesas, segundo reportagem do The Wall Street Journal.

O efeito colateral da paralisação atrasou cerca de US$ 60 milhões em negócios que estão em desenvolvimento para os próximos trimestres, disseram executivos da empresa em uma conferência virtual com analistas financeiros na quarta-feira. A maioria desses negócios ainda está em andamento, de acordo com o presidente-executivo George Kurtz.

As ações da CrowdStrike, que caíram quase 23% após o bug, caíram outros 4% nas negociações após o fechamento do mercado na quarta-feira.

Números do balanço

A empresa sediada em Austin, Texas, registrou lucro líquido de US$ 47 milhões - no mesmo trimestre do ano anterior esse número ficou em US$ 8,5 milhões. A receita aumentou 32%, para US$ 963,9 milhões. Os analistas esperavam US$ 958,3 milhões, segundo o WSJ.

Para o ano inteiro, a empresa agora espera que a receita fique entre US$ 3,89 bilhões e US$ 3,9 bilhões, abaixo de sua visão anterior entre US$ 3,98 bilhões e US$ 4,01 bilhões.

Para o terceiro trimestre, a CrowdStrike previu receita entre US$ 979,2 milhões e US$ 984,7 milhões, abaixo dos US$ 1,01 bilhão que os analistas pesquisaram pela FactSet.

Fundada em 2011 por ex-executivos do antivírus McAfee, a CrowdStrike foi projetada para ser mais eficaz do que produtos de segurança virtual mais antigos. A CrowdStrike ostenta quase 300 clientes na Fortune 500.

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