Celulares no Brasil são espelho das disparidades mundiais no acesso às novas tecnologias
Da Redação
Publicado em 15 de fevereiro de 2013 às 17h05.
São Paulo - O brasileiro é o que paga mais caro para usar o celular entre os países emergentes, o que está transformando o mercado interno do Brasil no espelho perfeito das disparidades mundiais no acesso às novas tecnologias.
O Estado do Maranhão, por exemplo, tem taxa de penetração do celular equivalente à do Butão. O Piauí tem índices similares aos do Congo e da Suazilândia. Já São Paulo e Rio têm taxas de penetração superiores às de alguns dos principais países europeus e mesmo à média nos Estados Unidos. Brasília bate todos os recordes e tem uma das taxas mais elevadas. A avaliação foi publicada ontem pela ONU, com base em dados da Nokia.
Nos últimos anos, o custo da telefonia e da internet no Brasil foi alvo de questionamento nas entidades internacionais. Em seu novo levantamento, a ONU aponta que os custos no Brasil caíram 25% entre 2008 e 2009. Mas o País continua a ter um dos celulares mais caros do planeta.
A disparidade é explicada pelo custo. No Brasil, o custo absoluto do celular é três vezes superior à média dos países emergentes. Por um pacote de 165 minutos de conversas, 174 sms, um download e 2,1 megabytes de dados, um brasileiro paga pouco mais de US$ 120. O valor equivale ao mesmo pacote no Zimbábue e é superior aos custos na Venezuela, Turquia, Nicarágua, Angola, Gabão ou México.
Na Argentina, o mesmo pacote sai por menos da metade. Na Índia, no Paquistão, em Bangladesh e na China, a população paga apenas um sexto do que é cobrado de um brasileiro para usar o celular. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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