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Apple planeja vender assinaturas de vídeo com app de TV

Isso simplificaria o processo e daria impulso ao aplicativo de TV da companhia nos aparelhos Apple TV, iPhone e iPad

 (Heinz-Peter Bader/Reuters)

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Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 10 de maio de 2018 às 18h40.

Última atualização em 10 de maio de 2018 às 18h41.

O plano da Apple para reinventar a TV a paga está começando a se parecer bastante com a estratégia da rival Amazon.com.

Pela primeira vez, a Apple planeja começar a vender assinaturas para determinados serviços de vídeo de forma direta por meio de seu aplicativo de TV, em vez de pedir que os usuários se inscrevam neles por meio de aplicativos baixados individualmente pela App Store, segundo pessoas familiarizadas com o assunto.

Isso simplificaria o processo e daria impulso ao aplicativo de TV da companhia nos aparelhos Apple TV, iPhone e iPad, transformando-o em ponto central para que as pessoas encontrem, assistam e comprem conteúdo. Seria também outra forma de a Apple continuar impulsionando sua divisão de serviços, que a empresa espera que gere receita de US$ 50 bilhões por ano por volta de 2021.

No momento, o aplicativo de TV agrega conteúdo de outros provedores, o que permite que os usuários localizem programas dentro de um amplo leque de aplicativos e canais como ABC, NBA League Pass e HBO em vez de precisarem alternar entre diferentes aplicativos. Mas a Apple direciona os clientes para fora do aplicativo para que comprem o acesso a esses canais ou para assistir programas. Com a mudança prevista, a compra de assinaturas seria transferida para o aplicativo de TV. A Apple poderia futuramente transferir o streaming para seu próprio aplicativo, em vez de enviar os usuários a terceiros.

A Apple, que tem sede em Cupertino, na Califórnia, planeja lançar esse recurso no ano que vem, disseram as pessoas, que pediram anonimato porque os planos não são públicos. Com a desaceleração do crescimento das vendas de iPhone, a Apple agora recorre às assinaturas de armazenagem e conteúdo de serviços como Apple Music e iCloud para melhorar seus resultados financeiros. As receitas da unidade de serviços subiram 31 por cento no trimestre mais recente, atingindo um recorde de US$ 9,2 bilhões.

A Apple preferiu não comentar sobre o projeto.

A Apple está posicionando o aplicativo de TV de forma muito similar à estratégia da Amazon para seu programa Channels, que permite que os clientes adicionem assinaturas dos canais HBO, Starz e Showtime ao Amazon Prime Video. Os clientes que pagam taxa de assinatura anual pelo Prime também têm acesso ao streaming de vídeos e músicas e podem pagar um valor extra por uma biblioteca de conteúdo mais extensa. HBO, Starz e outros afirmam que a Amazon os ajudou a ampliar as receitas com novos serviços on-line ao comercializá-los com sua base de mais de 100 milhões de clientes Prime.

A Apple é também uma das maiores vendedoras de filmes e programas de TV graças ao iTunes, mas ficou praticamente de fora da onda de serviços sob demanda que agora está substituindo a venda de títulos individuais pela internet. A Netflix e o YouTube, este de propriedade da rival Alphabet, operam os dois maiores serviços on-line de vídeos do mundo fora da China.

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