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A influência de Elon Musk nas eleições dos EUA: 5 atos do bilionário na disputa para a presidência

Magnata dono do X (antigo Twitter) intensifica sua agenda pública no pleito com ações como um sorteio com prêmios de US$ 1 milhão

Elon Musk: bilionário é dono da rede social X, antigo Twitter (Samuel Corum/Getty Images)

Elon Musk: bilionário é dono da rede social X, antigo Twitter (Samuel Corum/Getty Images)

Publicado em 5 de novembro de 2024 às 15h53.

Última atualização em 5 de novembro de 2024 às 15h59.

Elon Musk, o polêmico bilionário dono da Tesla e do X, tem se tornado um ator cada vez mais influente na eleição presidencial americana de 2024, com uma série de ações que levantam debates sobre o papel do dinheiro e da tecnologia na política.

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Desde sorteios milionários até declarações políticas contundentes, Musk tem agitado o cenário eleitoral de formas inéditas.

Confira os cinco atos mais impactantes de Musk no contexto da eleição:

Sorteio milionário para usuários do X: A Comissão Eleitoral Federal (FEC) deu aval para Musk distribuir US$ 1 milhão em prêmios de US$ 100 para eleitores que se registrarem no aplicativo de votação da X Corp. Esta decisão sem precedentes coloca uma linha tênue entre incentivo à participação cívica e possível influência indevida no processo eleitoral.

Fundo "Free Speech America": Em março de 2024, Musk anunciou uma doação de US$ 1 bilhão para este fundo, acompanhada de um sorteio de US$ 5.000 para 100.000 seguidores no X que compartilhassem sua mensagem. A ação, realizada em pleno período eleitoral, amplificou significativamente o alcance e a influência de Musk na plataforma.

Restauração da conta de Trump: Em novembro de 2022, Musk reativou a conta do ex-presidente Donald Trump no X, anteriormente banida após os eventos de 6 de janeiro de 2021 no Capitólio. Esta decisão foi vista como um gesto favorável a Trump e seus apoiadores, potencialmente impactando a dinâmica da campanha de 2024.

Cripto de esquilo morto por autoridades dos EUA: A crítica de Elon Musk ao Departamento de Conservação Ambiental de Nova York pela morte do esquilo Peanut intensificou o debate político, levando até um congressista a condenar publicamente a agência — uma crítica que foi posteriormente apagada, mas que já havia inflamado as redes sociais. Esse caso ganhou atenção nas eleições, e resultou na criação de uma memecoin, divulgada por Musk, e que chegou a valor de mercado de US$ 130 milhões em três dias.

Posicionamento contra a "agenda woke": Musk tem feito declarações contundentes criticando o que ele chama de "vírus da mente woke", um termo frequentemente utilizado por Trump e seus apoiadores para atacar políticas progressistas. Essas manifestações contribuem para polarizar o debate político e alinham Musk, aos olhos de muitos, com a retórica conservadora.

O debate sobre a influência dos bilionários na política

A série de ações de Musk intensifica o debate sobre o papel dos magnatas da tecnologia e bilionários na política americana. Sua capacidade de moldar a opinião pública através de plataformas de mídia social e intervenções financeiras diretas levanta preocupações sobre a equidade e integridade do processo democrático.

Defensores argumentam que iniciativas como o sorteio milionário podem aumentar o engajamento cívico, especialmente entre os jovens. Críticos, por outro lado, temem uma distorção do processo eleitoral, onde o poder econômico poderia influenciar indevidamente o comportamento dos eleitores.

A ênfase de Musk na liberdade de expressão, especialmente na plataforma X, alinha-se com argumentos comumente usados por Trump e seus apoiadores sobre suposta censura nas redes sociais. Isso, combinado com suas críticas à "agenda woke" e à administração Biden, tem posicionado o bilionário como uma figura central no debate político conservador.

Embora Musk afirme não apoiar oficialmente nenhum partido político, o conjunto de suas ações tem sido frequentemente interpretado como favorável a posições conservadoras, potencialmente influenciando o equilíbrio da disputa eleitoral de 2024.

À medida que a campanha avança, o escrutínio sobre a influência de big techs e bilionários na democracia americana certamente se intensificará.

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