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4 coisas boas e 4 ruins no novo tablet do Google

Anunciado ontem durante o Google I/O, o tablet Nexus 7 será vendido por 199 dólares nos Estados Unidos. Veja alguns detalhes sobre ele

O Nexus S começa a ser entregue na metade de julho em quatro países: Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e Austrália (Reprodução)

O Nexus S começa a ser entregue na metade de julho em quatro países: Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e Austrália (Reprodução)

Maurício Grego

Maurício Grego

Publicado em 13 de maio de 2013 às 16h27.

São Paulo — Um tablet barato, com duas marcas respeitáveis estampadas na embalagem, pode ser o que falta para o sistema Android decolar nesse tipo de aparelho. E é isso que o Google e sua parceira Asus anunciaram na quarta-feira, durante o Google I/O. Se as duas empresas conseguirem atender à demanda sem engasgos, o novo tablet Nexus 7 pode se tornar um grande sucesso.

Mas o Google diz que seu objetivo não é ultrapassar outros fabricantes de aparelhos com Android. A meta seria inspirar esses fabricantes, apontando um caminho para eles. E o caminho parece promissor. Por enquanto, o Nexus 7 está à venda em apenas quatro países – Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e Austrália. Veja quatro pontos positivos e quatro negativos do tablet do Google.

Onde o Nexus 7 acerta

 Conteúdo abundante

A principal função de um tablet é oferecer acesso a conteúdo da internet. O Google já oferece 600 mil apps (mas poucos foram criados para uso em tablets) em sua loja online Google Play. A loja também tem o que a empresa descreve como a maior coleção de e-books do mundo, além de músicas e filmes. No Google I/O, a empresa anunciou que passa a vender também programas de TV. E isso se complementa, é claro, com acesso a todos os serviços disponíveis na web, incluindo o YouTube e as redes sociais. 

2 – Hardware potente e completo

No hardware, o Nexus 7 iguala o iPad 2 e supera, de longe, o Kindle Fire, da Amazon. Na prática, isso significa que quem comprar o Nexus 7 não deve reclamar de lentidão ou de baixa qualidade das imagens. A resolução de 1.280 por 800 pixels é muito boa para uma tela de 7 polegadas. Do tipo IPS, essa tela oferece amplo ângulo de visão. O processador tem quatro núcleos principais e doze núcleos de processamento gráfico. É poder computacional suficiente para rodar jogos complexos com animações 3D de qualidade.


O Nexus 7 também tem um bom conjunto de sensores, incluindo GPS, giroscópio e acelerômetro. Tem, ainda, uma câmera frontal para videoconferência. Para completar, vem com a conexão sem fio NFC, que facilita a comunicação com outros aparelhos a curta distância. Resumindo, o Nexus 7 é um modelo básico, mas que traz a tecnologia mais recente a bordo.

3 – Bateria de fôlego

O Google divulgou que o Nexus 7 aguenta de 8 a 10 horas de uso sem recarga da bateria (o tempo depende das atividades que o usuário realiza no tablet). Nesse aspecto, ele não fica atrás dos principais concorrentes.

4 – Preço certo

Na versão com 8 gigabytes de capacidade, o Nexus 7 custa 199 dólares nos Estados Unidos. É o mesmo preço do Kindle Fire, da Amazon, e metade do que custa o iPad 2, o tablet mais barato da Apple. O exemplo do Kindle Fire mostra que o preço baixo pode ser um atrativo decisivo. Mesmo sendo comercializado apenas nos Estados Unidos, o tablet da Amazon chegou a ser o segundo mais vendido no mundo no final do ano passado. 

Na versão com 16 gigabytes de capacidade, o preço do Nexus 7 sobe para 249 dólares. É um valor ainda atraente para um tablet com a mesma capacidade do iPad 2 atualmente à venda, que custa 399 dólares.

O que pode desagradar no tablet do Google

1 – Os apps não são tão interessantes

Boa parte do sucesso do iPad deve-se aos ótimos aplicativos criados para ele. Alguns têm qualidade visual impressionante, especialmente na tela de alta resolução do novo iPad. No lado do Android, infelizmente, o cenário não é tão interessante.


Por causa da enorme variedade de tamanhos de tela dos dispositivos com Android, o Google encoraja o desenvolvimento de apps capazes de se adaptar a qualquer formato. E o resultado nem sempre é bom. Alguns aplicativos, quando vistos no tablet, parecem ser apenas versões ampliadas de títulos concebidos para smartphones, que não aproveitam bem a tela maior.

2 – São só 7 polegadas

A tela de 9,7 polegadas do iPad representa um bom compromisso entre portabilidade e espaço para visualizar sites da web, filmes, fotos e páginas de revista, por exemplo. Muitos usuários podem estranhar a telinha menor do Nexus 7, onde esses conteúdos vão ficar mais apertados. Naturalmente, o tamanho escolhido pelo Google também tem vantagens. Ele barateia o tablet e o torna mais fácil de segurar e carregar. O Nexus 7 pesa só 340 gramas, contra 650 gramas do novo iPad.

3 – Não há 3G

A falta de conexão pela rede celular 3G (ou 4G) pode tornar o Nexus 7 pouco atraente para empresas e alguns usuários. Vendedores e outros profissionais que trabalham em campo geralmente precisam do 3G para se manter ligados à rede corporativa e à internet. Mas muita gente já tem um smartphone capaz de compartilhar o acesso à internet via Wi-Fi (tanto o Android como o iPhone fazem isso), o que torna o 3G dispensável no tablet.

4 – Apenas uma câmera

Diferentemente do iPad, que tem duas câmeras, o Nexus 7 conta com apenas uma. Ela fica na frente, para uso em videoconferências. O raciocínio por traz disso é o mesmo aplicado ao 3G. Se o usuário já tem um smartphone com uma boa câmera, ele não vai sentir falta de uma câmera de maior resolução no tablet. 

Também falta, no Nexus 7, um conector para cartão de memória, item presente em outros tablets com Android. Esse conector permitiria, ao usuário, expandir a capacidade de armazenamento do aparelho.

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