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15 provas de que o Google é mesmo um adolescente

Hormônios à flor da pele, crise de identidade... O Google vive sua puberdade no dia em que completa 15 anos

Google Teen (Reuters/Getty Images/Divulgação)

Google Teen (Reuters/Getty Images/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 27 de setembro de 2013 às 08h32.

O Google completa hoje 15 anos, ápice da adolescência humana. Esse período turbulento traz crises de identidade, hormônios explosivos e desavenças com autoridades. E não poderia ser diferente com a gigante das buscas. Analisamos a trajetória da companhia e encontramos as seguintes provas irrefutáveis de que, realmente, o Google é um adolescente:

1 – Hormônios à flor da pele

Casos tempestuosos de amor, brigas por causa de pretendentes... Quem nunca passou por isso nesses anos terríveis? O Google também sofre. Recentemente, o brasileiro Hugo Barra, um dos executivos mais importantes da divisão Android, deixou a empresa em meio a rumores de que sua ex-namorada, parte da equipe de marketing do Glass, agora estaria saindo com Sergey Brin. Brin, aliás, é conhecido pelos seus casos com garotas do Google e, recentemente, desmanchou um casamento.

2 – Crise de identidade

Um logo com volume e cores fortes, ou plano e levemente desbotado?  A empresa passa por um processo de redesenho de seus produtos mais famosos, como o Gmail, Mapas e o navegador Chrome. Apesar de ainda haver um desalinho entre as diferentes identidades visuais, lembre-se que todo mundo passa por isso na adolescência.

3 – Mente inquieta

Quantos projetos... Conhecida pela filosofia de “mirar a Lua” em seus objetivos, a empresa faz isso literalmente. O Lunar X Prize, por exemplo, estimula times de astrônomos e engenheiros a enviar um veículo à superfície lunar. Mas há muitas outras ideias fervilhando nos laboratórios da companhia: carros autônomos, balões de wi-fi, internet ultraveloz...

4 – Inconstância

Mas, como com qualquer adolescente, nem todos esses projetos vingam. Há cerca de 80 produtos descontinuados pelo Google nos últimos 15 anos.  Alguns deixaram saudades, como o Reader. O leitor de RSS da empresa deixou um buraco no coração de muitos usuários fiéis, que outras empresas ainda tentam ocupar.

5 – Espinhas

Outros projetos, no entanto, não deixaram ninguém com saudades e foram espremidos com força para fora do universo Google. A cicatriz ficou apenas na lembrança dos usuários, e das equipes que trabalharam em iniciativas como o Buzz (um tipo de Twitter embutido no Gmail) e o Wave (inexplicável tentativa de revolucionar o email com ferramentas de bate papo e troca de arquivos em grupo).

6 – Pensa que será jovem para sempre

A empresa não só pensa nisso, como trabalha duro para que a velhice tarde a chegar. Neste mês, Larry Page anunciou o lançamento da Calico, empresa independente que vai desenvolver técnicas para retardar o envelhecimento humano. A empresa é liderada pelo bioquímico Arthur Levinson, ex-chefe da Genentech.

7 – Problema com autoridades

A empresa esteve no centro do escândalo do projeto PRISM, um suposto programa da Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos que utilizava a estrutura de empresas de tecnologia para espionar usuários comuns. Apesar de Larry Page ter negado colaboração com a NSA, há suspeitas de que os agentes possam ter coletado os dados diretamente de seus servidores, por meio de grampos eletrônicos.

8 – Despreza a opinião dos mais velhos

Na semana passada, Steve Ballmer, atual CEO da Microsoft, deixou clara a sua opinião sobre o Google e sua rede de publicidade: trata-se de um monopólio que deve ser debatido e investigado pelas autoridades que regulam a concorrência nos Estados Unidos. Qual a opinião do Google sobre isso? Nem uma palavra. Afinal, quem se importa? O veterano da Microsoft vai se aposentar, mesmo...

9 – Crescimento acelerado

A expansão física do Google impressiona ainda hoje. Nos últimos dias, a empresa foi notícia no Vale do Silício por comprar e alugar, em menos de um mês, mais de 90 mil metros quadrados de espaço para escritórios. Nos acordos mais recentes, a empresa pagou 246 milhões de dólares por sete prédios em Mountain View. Toda essa estrutura deve abrigar até 5,8 mil novos empregados.

10 – Apetite descomunal

O Google se alimenta como um adolescente depois de uma partida de futebol. Qualquer startup com uma nova tecnologia que possa agregar aos futuros projeto da empresa é engolida pela gigante das buscas. Uma de suas últimas e mais comentadas aquisições foi a da startup Bump, que desenvolveu um produto de troca de dados a partir da aproximação de celulares.

11 – Quer ser astro de cinema

O Google chegou a um novo patamar de exposição com o lançamento da comédia "Os Estagiários", um longa cuja trama é totalmente baseada na empresa. O enredo gira em torno de dois quarentões que entram para o programa de estágio da companhia e precisam se adaptar à sua cultura inovadora no processo. Sergey Brin faz duas pontas no filme, e agora também é oficialmente um astro de Hollywood.

12 – Não desgruda do celular

A compra da Motorola e o recente lançamento do Moto X mostram que celulares fazem parte importante na estratégia de crescimento do Google. Mas a relação com esses dispositivos não se limita apenas ao hardware, claro. O sistema operacional Android se tornou uma das marcas mais reconhecidas da empresa, liderando o mercado de smartphones e abastecendo aparelhos de gigantes como Samsung e HTC. E aguarde pelo Nexus 5...

13 – Metido a artista

Claro, o Google é uma empresa de tecnologia, mas quem disse que não pode haver uma veia artística no que ela faz? Em ocasiões comemorativas, seja o aniversário de alguma personalidade ou uma data memorável, os famosos doodles decoram o logo original com piadinhas e ilustrações.

14 – Círculos sociais importam

Na puberdade, grupos de amigos importam, e para o Google também. Sua maior investida na área de redes sociais, o Plus, baseia-se em diferentes círculos que agrupam nomes conhecidos do usuário. Outro ponto em comum com a vida de um adolescente sofredor: a popularidade do Google+ não é das maiores.

15 – Não liga para nada

Que empresa tem um cofundador viciado no festival hippie-nerd Burning Man, para onde ele vai vestindo macacão prateado? Qual companhia mata produtos que os consumidores amam, como o Reader, em nome de sua própria estratégia? O Google age assim, rebelde, sem ligar muito para a opinião dos outros. Claro que há o outro lado dessa atitude: energia aparentemente ilimitada para criar produtos incríveis e, no fim do dia, facilitar a vida de todo o mundo. Parabéns, Google!

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