Passageiros no metrô de Chengdu, na China: o país tem liderado o crescimento do comércio eletrônico e do mercado de pagamentos via smartphone | VCG/Getty Images /
Filipe Serrano
Publicado em 31 de janeiro de 2019 às 05h14.
Última atualização em 31 de janeiro de 2019 às 05h14.
CHINA
O avanço da China em alguns setores tecnológicos nos últimos anos tem sido surpreendente. As vendas em lojas online no país, por exemplo, já representam 40% de todo o comércio eletrônico do mundo. Já nas lojas físicas, os chineses praticamente não utilizam mais dinheiro em papel ou cartões de crédito para realizar os pagamentos. Tudo é feito pelo smartphone. De julho de 2017 a junho de 2018, as transações via celular somaram 9 trilhões de dólares, segundo o Banco Central chinês. Para completar, de todas as exportações de equipamentos de tecnologia e telecomunicações no mundo, 32% têm origem na China.
Por essas e outras razões, hoje a economia chinesa está se tornando cada vez mais digitalizada. Cerca de 6% do produto interno bruto está relacionado à chamada “economia digital”, isto é, as atividades que usam os meios digitais como um fator de produção. É um nível próximo ao de países como a Alemanha e os Estados Unidos. Os dados fazem parte de um estudo de economistas do Fundo Monetário Internacional. Para as autoras, a digitalização será fundamental para que a China consiga ter ganhos de produtividade. Mas é preciso cuidar para que não haja perdas de emprego pela difusão de tecnologia.
AMÉRICA LATINA
Até há pouco tempo, países da América Latina eram vistos como exemplos de sucesso no combate à miséria. Programas de assistência social e a geração de empregos ajudaram a reduzir acentuadamente a quantidade de pessoas que vivem abaixo da linha de pobreza. No entanto, nos últimos anos houve uma reversão. Hoje, a região tem 63 milhões de pessoas vivendo na miséria — número superior ao de 2002. Os dados fazem parte de um relatório recente da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe. O colapso da Venezuela e a crise econômica brasileira são as duas maiores causas da mudança. Segundo os autores do relatório, é preciso instituir novas políticas para a situação não se agravar.
ESTADOS UNIDOS
O presidente Donald Trump entrou no terceiro ano de mandato com uma aprovação de 37% nas pesquisas com a população. É uma taxa de popularidade inferior às dos três últimos governantes (Barack Obama, George Bush filho e Bill Clinton) na mesma fase dos mandatos. Os dados fazem parte de uma pesquisa do instituto Pew Research Center, divulgada em meados de janeiro.
Ao longo de dois anos, Trump quase sempre ficou abaixo do patamar do antecedente com pior avaliação, Bill Clinton. Segundo o instituto, o cartaz de Trump só não é pior hoje porque a percepção dos americanos sobre a economia é positiva, graças ao mercado de trabalho aquecido. São condições que favorecem o presidente americano, especialmente entre as pessoas que se identificam com o Partido Republicano. Nesse grupo, a aprovação da política econômica do governo Trump é de 75%.