Revista Exame

Como este empreendedor administra sua rotina para não perder tempo

O fundador da startup de energia solar Holu registra todo tipo de atividade na agenda — e organizou a rotina

Rodrigo Freire, da Holu: uso intenso de tecnologia para dar conta de compromissos (Divulgação/Divulgação)

Rodrigo Freire, da Holu: uso intenso de tecnologia para dar conta de compromissos (Divulgação/Divulgação)

share

A experiência no mercado financeiro e algumas jornadas de trabalho excessivas acenderam um sinal amarelo em Rodrigo Freire. Ao mudar o posto de trabalho para a Uber, gigante de tecnologia que segue alguns preceitos básicos de startups — como o olhar para inovação e agilidade —, Freire decidiu aplicar o conceito de gestão inteligente do tempo na própria rotina. Tudo isso foi possível ao fundar a Holu, startup paulistana desenvolvedora de um marketplace de energia solar distribuída. “Era um valor que valia a pena amplificar”, diz. 

O primeiro passo para essa distribuição foi encurtar o tempo das reuniões na própria startup. Encontros de 1 hora passaram a ter 45 minutos. O tempo restante passou a ser dedicado a um respiro ou a um cafezinho até o próximo compromisso. Uma boa gestão do tempo começa com a divisão de atividades rotineiras e que costumam ter duração já definida, como alimentação, sono e deslocamentos. 

Depois de preencher as janelas principais com as atividades mais importantes do dia, Freire teve uma noção mais clara do tempo disponível para outras atividades. Então, foi o caso de colocar tudo num calendário disponível num app no celular (veja, abaixo, cinco aplicativos úteis para a gestão do tempo). “Registro tudo o que precisa ser feito no calendário, dos passeios com os filhos às consultas médicas, como se fossem reuniões de trabalho”, diz. Às quartas-feiras à tarde, por exemplo, ele joga tênis. É uma rotina repetida quase à exaustão semanalmente e com espaço na agenda. 

De um lado, registrar como compromissos até mesmo os períodos de folga e lazer serve para algum planejamento dedicado à vida social. Do outro, amplia a chance de seguir uma rotina para além dos incêndios do dia a dia — a ideia do calendário é justamente dar um ar solene às atividades importantes porém ainda longe de ser urgentes. A filosofia de Freire colaborou para as rotinas da Holu, um negócio com receitas previstas de 100 milhões de ­reais em 2022. O apoio a esse padrão de divisão do tempo engajou o time. “Por mais óbvio que pareça, é importante mostrar que esse é um modelo que deveria funcionar para a maioria das empresas e líderes.”  


5 aplicativos para quem não quer perder tempo

1 - Trello

O que faz: controla a divisão do tempo por tarefas ou projetos a serem entregues ou concluídos. Pode ser usada de forma individual ou por times inteiros de olho nas ações de colegas

2 - StayFree

O que faz: é um contador virtual dos minutos (ou horas) dedicados a recursos e aplicativos no celular. É possível definir limites ao tempo gasto em redes sociais ou respondendo mensagens

3 - 7waves

O que faz: monitora a execução de metas, sejam elas profissionais ou não, com ajuda de inteligência artificial para mapear gargalos

4 - Tomato Timer

O que faz: estipula até 25 minutos para realizar uma atividade. Inspirado no tempo médio para fazer um molho de tomate, o app dispara o alarme após esse período

5 - SaneBox

O que faz: categoriza os e-mails segundo o grau de importância. O que é relevante fica na caixa de entrada. O que não é vai para uma pasta “antidistrações”

Acompanhe tudo sobre:flexibilidade-no-trabalhofuturo-do-trabalhoHorário flexívelMercado de trabalho

Mais de Revista Exame

"Somos uma marca alemã, isso define quem somos", diz CEO da Rimowa

Forte captação em crédito reduz potencial de retorno e desafia gestoras em busca por ativos

Elas já estão entre nós

Desafios e oportunidades