Repórter da Home
Publicado em 31 de outubro de 2024 às 16h50.
Última atualização em 31 de outubro de 2024 às 17h17.
Na cidade de Araguaína, no norte de Tocantins, Waloar Pereira Magalhães e seus irmãos descobriram uma “herança” peculiar: 32 milhões de Cruzados guardados durante toda a vida pelo pai falecido em uma mala escondida no quarto. Embora pareça uma fortuna, na verdade esse valor pode decepcionar.
O "tesouro" achado pelos irmãos é composto por notas e moedas de Cruzados, a moeda que circulou no Brasil entre 1986 e 1989, durante os últimos anos da Ditadura Militar.
Desde então, o Brasil passou por quatro mudanças de moeda: Cruzado Novo (1989-1990), Cruzeiro (1990-1993), Cruzeiro Real (1993-1994) e, finalmente, o Real, adotado em 1994 e vigente até hoje.
Convertendo esses valores historicamente, 1 Real atualmente equivale a 2,75 bilhões de Cruzados. Assim, os 32 milhões de Cruzados de Waloar e seus irmãos se traduzem em apenas R$ 0,01 — isso mesmo, um centavo de real.
Por definição. a numismática consiste no estudo das moedas e de outros itens similares, como fichas e medalhas. Em alguns casos, cédulas raras podem alcançar valores consideráveis em vendas para colecionadores.
As cédulas e moedas poderiam ser vendidas a colecionadores, mas, o dinheiro apresenta manchas, marcas e dobras, o que reduz seu valor. O preço de moedas e notas antigas é determinado e avaliado por membros da Sociedade Numismática Brasileira, levando em conta o estado de conservação e o grau de raridade das peças.
Em entrevista à TV Globo, Waloar disse que ele e seus irmãos esperam conseguir vender a herança do pai a colecionadores ou trocar o dinheiro por reais.
"Se Deus ajudar, e ainda tiver um jeitinho no banco de fazer a transformação dele, dava para a gente começar uma nova vida", diz ele.