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Parceria da Nuvemshop e AliExpress permite começar loja online sem estoque

Mais de 3.000 lojistas brasileiros já estão usando o modelo em que o cliente pode comprar pelo site local e receber o produto direto da fabricante chinesa

Parceria: a startup se uniu com o gigante mundial do e-commerce há um mês (Jung Getty/Getty Images)

Parceria: a startup se uniu com o gigante mundial do e-commerce há um mês (Jung Getty/Getty Images)

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Carolina Ingizza

Publicado em 6 de abril de 2021 às 16h24.

Última atualização em 8 de abril de 2021 às 10h20.

A plataforma de e-commerce Nuvemshop lançou uma parceria com o gigante do e-commerce AliExpress para permitir que pequenos empreendedores possam começar uma loja online sem precisar de estoque próprio, usando os produtos de fornecedores e fábricas chinesas cadastradas no marketplace da AliExpress.

A solução, que foi desenvolvida pela empresa Empreender, conecta automaticamente o catálogo de produtos dos lojistas brasileiros aos fornecedores cadastrados na AliExpress. Ao comprar online, o cliente tem a experiência completa da loja brasileira, mas a entrega é feita pela própria fabricante.

O modelo, conhecido como dropshipping no jargão de mercado, já atraiu mais de 3.900 lojistas desde que foi lançado no mês passado. “Tínhamos a expectativa de atingir esse volume após 60 dias do lançamento, mas fomos surpreendidos com a alta adesão dos lojistas ao modelo dropshipping”, afirma Luiz Natal, líder de desenvolvimento de plataforma da Nuvemshop.

Para os lojistas, as principais vantagens do modelo são poder economizar dinheiro com a compra de estoque e ainda ampliar o catálogo de produtos oferecidos aos clientes. Dos quase 4.000 empreendedores usando a solução, cerca de 1.000 já eram usuários do serviço de e-commerce da startup e só expandiram suas lojas com os produtos vendidos na AliExpress.

Com a base de mais de 80.000 clientes da Nuvemshop na América Latina, há bastante espaço para expansão da parceria. “Muitas mercadorias vendidas no e-commerce brasileiro são de origem da AliExpress, de lojas que compram e revendem. Agora estamos automatizando esse processo”, diz Yan Di, diretor-geral da AliExpress no Brasil.

A viabilidade da operação é fruto de investimentos da companhia chinesa em mais profissionais de atendimento falantes de português e em logística. Hoje, ela opera quatro voos fretados semanais para o Brasil que garantem que as entregas aconteçam em cerca de dez dias. “Estamos mudando a imagem que existia das entregas internacionais e mostrando que as vendas cross border são uma opção viável”, diz o executivo.

O dropshipping é só a ponta do iceberg desse plano do grupo Alibaba, controlador da AliExpress, para beneficiar mais de 10 milhões de pequenas empresas no mundo até 2036. “Na China, por exemplo, as lives de influenciadores já fazem muito sucesso, há casos de pessoas que vendem apartamentos em minutos. Queremos trazer essas e outras inovações para o Brasil, contribuindo para o empreendedorismo brasileiro”, diz Yan Di.

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