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Anything as a service? HR techs querem resolver tudo das empresas

Startups captaram R$ 4,6 bi nos últimos oito anos para mudar a burocracia na relação entre empresas e empregadores — e estão fazendo uma disrupção no RH

Eduardo del Giglio, fundador da HRTech Caju: Ambição de prestar todo tipo de serviço de recursos humanos aos clientes (Leandro Fonseca/Exame)

Eduardo del Giglio, fundador da HRTech Caju: Ambição de prestar todo tipo de serviço de recursos humanos aos clientes (Leandro Fonseca/Exame)

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Da Redação

Publicado em 22 de abril de 2022 às 11h28.

Última atualização em 22 de abril de 2022 às 12h11.

O mercado de benefícios corporativos flexíveis — em que, via de regra, o funcionário da empresa decide onde, como e quando quer consumir um recurso financeiro extra-salário, como o vale-alimentação — cresce como nunca no Brasil.

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Trata-se de um filão com ramificações em duas categorias de startups.

O que são as HR techs

Uma delas são os negócios como os da startup paulistana Caju, dedicados a informatizar o departamento de recursos humanos — as HR techs, no jargão do setor.

Trata-se de uma denominação que vem ganhando espaço nos últimos anos no mundo para as empresas de tecnologia dedicadas a modernizar os recursos humanos.

No ano passado, esse grupo de empresas recebeu 132 milhões de dólares em aportes na América Latina, segundo levantamento da plataforma Sling Hub.

Não há dados específicos sobre o volume de HR techs no Brasil e no mundo. O que se sabe, contudo, é que uma dezena delas, como as mexicanas Jeeves e Clara e a francesa Swile, já atingiram o patamar de unicórnio, com avaliação de mercado acima de 1 bilhão de dólares.

One stop shop

A outra categoria engloba as fintechs com sistemas para automatizar o reembolso de gastos corporativos dos funcionários, uma tarefa com potencial de tirar qualquer um do sério, a depender do volume de informações requisitadas pelo financeiro de uma empresa.

Daqui para a frente, dependendo da disposição dos fundadores das startups, essas demandas hoje apartadas vão ser resolvidas de um jeito só, por elas mesmas, num modelo one stop shop, uma expressão cada vez mais empregada no mercado financeiro para as empresas capazes de resolver uma porção de demandas dos clientes num lugar (ou de uma vez) só.

Num intervalo de oito anos, a soma levantada pelas 19 maiores empresas dos dois segmentos na América Latina chegou a 983 milhões de dólares, pouco mais de 4,6 bilhões de reais, segundo a plataforma Sling Hub.

Anything as a service

Ao que tudo indica, 2022 será um ano animado para o setor. Só no primeiro trimestre, as fintechs brasileiras captaram mais de 300 milhões de dólares de investidores, dos quais 14% foram para empresas de tecnologia com alguma facilidade ligada ao crédito corporativo, segundo dados da Distrito, plataforma de informações sobre startups.

Daqui para a frente, a dúvida é se haverá espaço para tanta gente disputando o mercado de benefícios corporativos.

A aposta das startups dispostas a mudar tudo nesse setor é expandir o rol de serviços até virarem empresas completas de prestação de serviços para outras empresas — numa espécie de anything as a service, por assim dizer.

Veja as estratégias das principais empresas de tecnologia querendo mudar radicalmente a concessão de benefícios corporativos na reportagem publicada na edição de abril da revista EXAME.

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