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UTC renegocia dívida de R$ 1,2 bi com bancos

Para que a negociação fosse fechada, a UTC se comprometeu a tentar vender seu patrimônio como forma de pagar o valor devido


	UTC Engenharia: para que a negociação fosse fechada, ela deve vender seu patrimônio para pagar o valor devido
 (Divulgação)

UTC Engenharia: para que a negociação fosse fechada, ela deve vender seu patrimônio para pagar o valor devido (Divulgação)

Karin Salomão

Karin Salomão

Publicado em 6 de janeiro de 2016 às 13h54.

São Paulo - A UTC Engenharia, investigada na Operação Lava Jato, está renegociando sua dívida de 1,2 bilhão de reais com bancos.

Seus credores, entre os estão quais os bancos Bradesco, Itaú, Santander e Banco do Brasil, aceitaram alongar o prazo de pagamento da dívida por mais três anos, segundo informações do jornal Folha de S.Paulo.

Para que a negociação fosse fechada, a UTC se comprometeu a tentar vender seu patrimônio como forma de pagar o valor devido.

O seu ativo mais valioso é uma participação de 23% na Aeroportos Brasil, que controla o Viracopos, em Campinas. A fatia ode render entre 350 milhões de reais e 400 milhões de reais.

No ano passado, a Fortress Investment e duas sócias fizeram uma oferta para comprar a fatia da UTC Engenharia. A companhia de infraestrutura Triunfo, que é sócia da UTC no aeroporto, também demonstrou interesse em adquirir a participação.

A companhia também fazia parte do consórcio Angramon, responsável pela montagem eletromecânica da usina nuclear Angra 3. Ela pediu para deixar o consórcio em outubro.

Envolvido na Lava Jato

O dono da companhia, Ricardo Pessoa, é um dos envolvidos na Operação Lava Jato e foi preso e está cumprindo prisão domiciliar. Ele estava, até agora, usando uma tornozeleira eletrônica para monitorar sua posição.

Ele usava o sensor desde que saiu da cadeira, em abril, e a remoção foi feita com autorização da Justiça, afirmou o jornal Folha de S.Paulo.

Em setembro do ano passado, ele disse em CPI que pagou propina para a Petrobras por medo de perder contratos na estatal e comprometer a sua empresa.

Por conta da investigação da Polícia Federal, a empresa encolheu de tamanho. Ela tinha cerca de 30 mil empregados e um faturamento de 5 bilhões de reais e, hoje, tem a metade disso.

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