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UE multa Mitsubishi Electric e Hitachi por formar cartel

Todas as companhias admitiram sua participação e concordaram em encerrar o caso, segundo a Comissão


	Mitsubishi: a Mitsubishi Electric terá que pagar 111 milhões de euros e a Hitachi 27 milhões
 (Junko Kimura/Getty Images)

Mitsubishi: a Mitsubishi Electric terá que pagar 111 milhões de euros e a Hitachi 27 milhões (Junko Kimura/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 27 de janeiro de 2016 às 10h45.

Bruxelas - A Comissão Europeia (CE) impôs nesta quarta-feira uma multa de 138 milhões de euros (R$ 620 milhões) aos fabricantes japoneses de peças automotivas Mitsubishi Electric (Melco) e Hitachi por participarem durante mais de cinco anos de um cartel de alternadores e motores com a companhia Denso contra as normas comunitárias.

O Executivo comunitário decidiu não punir a Denso porque foi esta empresa que informou Bruxelas da existência do cartel, enquanto a Melco terá que pagar 111 milhões de euros e a Hitachi 27 milhões.

Todas as companhias admitiram sua participação e concordaram em encerrar o caso, segundo a Comissão.

O acordo entre as três companhias consistia em pactuar preços e distribuir clientes e projetos no setor de alternadores e motores de ignição, dois importantes componentes dos motores de carros.

A CE afirmou que, embora os contatos associados com a formação e o funcionamento do cartel tenham acontecido fora do espaço econômico europeu, o acordo afetou os clientes da União Europeia.

A comissária europeia de concorrência, Margrethe Vestager, disse que acabar com os cartéis continua sendo uma prioridade para a CE, principalmente quando afetam bens de consumo importantes como carros.

Vestager advertiu que Bruxelas investigará este tipo de acordo mesmo que as reuniões aconteçam fora da Europa.

A investigação da Comissão revelou que as companhias chegaram a acordos para limitar a concorrência entre elas entre setembro de 2004 e fevereiro de 2010.

E mostrou que coordenaram suas respostas a algumas licitações de fabricantes de automóveis, em particular para a determinação do preço que iriam licitar e sobre quem deveria ganhar cada negócio específico.

Além disso, compartilharam certos fabricantes e projetos que forneceriam alternadores e motores de ignição, e trocaram informação comercial sensível, como preços e estratégias de mercado.

As multas foram fixadas de acordo com as diretrizes comunitárias.

No caso de Denso, que deveria ter a multa mais elevada das três empresas, de 157 milhões de euros, a CE decidiu conceder imunidade total por revelar a existência do cartel.

Melco e Hitachi também se beneficiaram de reduções por sua colaboração na investigação. 

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