São Paulo – Não é apenas o presidente americano Barack Obama que está preocupado com o provável ataque à Síria. Em Wall Street, os investidores também acompanham de perto a movimentação, mas por um motivo bem mais prático: lucro. Pelo menos cinco gigantes da indústria bélica dos Estados Unidos devem ganhar com a guerra, qualquer que seja o seu resultado, segundo a rede CNBC. A Raytheon, por exemplo, que fabrica os famosos mísseis Tomahawk, já viu suas ações dispararem 30% neste ano. Veja quem deve ganhar, mesmo, a guerra na Síria.
A Raytheon fabrica os famosos mísseis de longo alcance Tomahawk e a aposta dos analistas é que eles sejam muito usados na Síria. Cada míssil custa 1,6 milhão de dólares, e a Marinha americana compra quase 200 deles por ano – 90 foram usados na Líbia. As vendas da empresa somaram 22,4 bilhões de dólares em 2011, com lucro de 1,8 bilhão.
A United Technologies é outra empresa que deve lucrar com a guerra na Síria. Seu cartão de visitas são os helicópteros Black Hawk. Mais de 2.300 deles estão em uso por forças armadas de todo o mundo. Em 2011, a United Technologies faturou 11,6 bilhões de dólares e lucrou 5,3 bilhões.
A General Dynamics também deve ganhar bastante com a Síria, fornecendo submarinos. A empresa mantém contratos com a Marinha americana desde 1.900, sendo responsável pela criação do primeiro submarino do país, o USS Holland. Em 2011, suas vendas somaram 23,7 bilhões de dólares, com lucro de 2,5 bilhões.
A Huntington Ingalls é a 13ª maior fabricante de armamentos do mundo, segundo o relatório anual da Stockholm International Peace Research Institute (Sipri), com faturamento de 6,4 bilhões de dólares. Os americanos devem recorrer aos porta-aviões e navios de guerra construídos pela empresa.
A Boeing não é apenas uma das maiores fabricantes de aviões comerciais do mundo. Há tempos ela é, também, a segunda maior fornecedora global de armamentos, segundo o relatório anual da Stockholm International Peace Research Institute (Sipri). Somente seu braço bélico fatura mais de 30 bilhões de dólares por ano. Sua principal presença na Síria deve ser por meio do E-3 707 AWACS, uma aeronave de apoio e controle de sistemas.
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