Fernando Domingues e Leopoldo Veras: queremos captar em torno de 10 milhões de dólares em até 18 meses (Omni/Divulgação)
Repórter de Negócios
Publicado em 29 de junho de 2023 às 05h59.
Última atualização em 29 de junho de 2023 às 11h54.
Fernando Domingues tem um novo desafio, colocar de pé o seu terceiro negócio no mercado de saúde. O jovem empreendedor de 28 anos é o cofundador das startups Conexa Saúde, conhecida pela proposta de telemedicina, e da Cannect Life, plataforma digital para cannabis medicinal.
A nova operação é a Omni Saúde, um plano de medicamentos que as empresas podem oferecer aos seus funcionários como um benefício da mesma forma que acontece com planos de saúde e odontológico.
A startup, estruturada ao longo dos últimos seis meses, chega ao mercado com um cheque de R$ 5 milhões. A rodada seed foi liderada pela VEC Investments e acompanhada por executivos com passagens por empresas de saúde.
O projeto teve como inspiração a experiência de Domingues com a Cannect, um marketplace que criou em 2021 ao lado de Allan Paiotti, ex-diretor do Hospital Oswaldo Cruz. A healthtech conecta pacientes, médicos e fabricantes de produtos à base de cannabis medicinal e já recebeu mais de R$ 40 milhões em aportes.
"A gente começou a entender um pouco nestes dois anos como funcionava esse mundo de medicamentos e os gaps em planos de medicamentos e em planos de benefícios. Não foi algo que saiu do nada", afirma. Para lançar a Omni, o empreendedor repete o mesmo movimento que fez quando saiu da operação da Conexa Saúde. Ele mantém a sua participação do negócio, entra para o conselho e deixa a liderança com o sócio.
Sem nunca ter sentado nas cadeiras das salas de aula de medicina, o empreendedor conviveu desde muito pequeno com o setor de saúde por ser de uma família de médicos. Ele é filho de Romeo Cortês Domingues, co-presidente do conselho de administração da Dasa.
No novo negócio, Domingues tem ao lado como sócio Leopoldo Veras, profissional com mais de 25 anos de experiência em gestão de saúde e passagens por empresas como Bradesco Seguros, Qualicorp e ePharma.
Nem bem a startup estreou no mercado, e os dois já pensam nos próximos passos. A expectativa é abrir uma rodada série A no intervalo de 12 a 18 meses, captando recursos entre 5 milhões e 10 milhões de dólares. Para as contas darem certo, a empresa quer somar uma carteira com mais de 50 mil vidas ao longo dos próximos meses.
O primeiro cliente é o Grupo Trigo, a holding no comando de estabelecimentos como Gurumê, China In Box, Koni Store, LeBonton e Spoleto. A proposta da Omni Saúde é focada em grandes companhias, levando o benefício a empresas com mais de 1000 funcionários.
Assim como nos convênios médicos, as companhias escolhem uma modalidade entre as três disponíveis – genéricos tarjados; genéricos e marca tarjados; e todos os medicamentos - e fixam o valor que os funcionários podem usar mês a mês.
Os funcionários podem usar em qualquer farmácia do país e comprar os medicamentos prescritos tanto em lojas físicas quanto por canais digitais, a partir de um app que a startup promete para o início de julho.