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Petros quer substituir conselheiro na Eldorado

Conselho fiscal do fundo de pensão da Petrobras pediu a saída do próprio conselheiro da Eldorado Celulose

Petros: fundo alega que conselheiro não questionou a investigação interna da Eldorado (Paulo Whitaker/Reuters)

Petros: fundo alega que conselheiro não questionou a investigação interna da Eldorado (Paulo Whitaker/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de março de 2017 às 11h39.

São Paulo - O conselho fiscal da Petros enviou um ofício ao conselho administrativo da própria fundação pedindo a saída de Henrique Jager do conselho de administração da Eldorado Celulose.

O motivo para o pedido foi o fato de Jager não ter questionado a investigação interna sobre as suspeitas que recaem sobre a Eldorado, a exemplo do que fez o representante da Funcef, Max Pantoja.

O conselheiro da Funcef questionou os resultados da investigação, por entender que estavam incompletos, e a forma como os laudos foram apresentados pelas empresas contratadas para o serviço.

Além disso, também fez uma denúncia ao Ministério Público Federal. Com base nos dados apresentados por Pantoja, os procuradores pediram o fim do acordo selado com Joesley Batista, presidente da J&F, e José Carlos Grubisich, presidente da Eldorado.

Jager não foi encontrado para dar entrevista e a assessoria da Petros informou que não teria como passar os contatos do conselheiro, que representa a fundação no conselho da Eldorado.

Tampouco a fundação quis fazer comentários sobre o assunto. A mesma postura tem sido adotada pela Funcef.

Em entrevista recente à "Folha de S. Paulo", Joesley Batista questionou as motivações de Pantoja.

Disse que o conselheiro mente ao dizer que foi ele que pediu a abertura da investigação interna e, ao ser questionado sobre quais seriam os interesses de Pantoja, disse que o procurador pede que os representantes das fundações passem a ser os responsáveis por indicar a nova diretoria da Eldorado e que isso, por si só, "já seria um conflito terrível".

Para Ronaldo Tedesco, que faz parte do conselho fiscal da Petros, não tem a menor importância saber quem pediu ou não para abrir a investigação interna, e sim se há dúvidas sobre os resultados, como levantou o conselheiro da Funcef.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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