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Fusão foi bom negócio para Oi, diz o mercado

União com a Portugal Telecom pode ajudar companhia brasileira a pôr as contas em ordem e voltar a ser competitiva – afirmam analistas


	Loja da Oi: empresa detém 20% do mercado de celulares e 40% de participação em telefonia fixa
 (Marcelo Correa/EXAME)

Loja da Oi: empresa detém 20% do mercado de celulares e 40% de participação em telefonia fixa (Marcelo Correa/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 2 de outubro de 2013 às 19h15.

São Paulo – A Oi deve voltar a incomodar. Esse é a previsão do mercado após o anúncio da fusão da empresa com a Portugal Telecom, que deve injetar 7 bilhões de reais na operadora brasileira. O dinheiro vem em boa hora para a companhia, que fechou o segundo trimestre com prejuízo de 124 milhões de reais.

"A nova empresa já nasce grande e com papel negociado em diferentes bolsas do mundo", afirma Pedro Galdi, da SLW investimentos. Segundo ele, a compra da Tim pela Telefônica não influenciou o negócio anunciado hoje. "O atual presidente da Oi já era CEO da Portugal Telecom", lembra o analista – referindo-se a Zeinal Bava.

Na opinião de Ari Lopes, da Informa Consultoria, os investimentos previstos para a Oi vão devolver à empresa uma competitividade que ela já teve. Para ele, a fusão vem fechar um ciclo de dificuldades iniciado quando a Oi comprou a Brasil Telecom em 2008.

"Por outro lado, a ideia do governo de criar uma grande telecom brasileira foi sepultada hoje", afirma Lopes.

Pior colocada entre as quatro grandes de telefonia móvel, a Oi detém hoje cerca de 20% da operação de celulares no país - segundo dados da Anatel. Entretanto, a empresa é forte na área de telefones fixos. Ao todo, sua fatia de mercado no setor é de mais de 40%. A fusão da Oi com a Portugal Telecom aguarda a aprovação dos órgãos reguladores e deve começar a valer em 2014.

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