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Nokia vende negócio de celular para Microsoft por US$7,2 bi

A Nokia vai continuar como fabricante de equipamentos para telecomunicações e detentora de patentes

Steve Ballmer e Stephen Elop, CEOs da Microsoft e da Nokia, apresentam novos modelos Lumia em dezembro de 2012 (Spencer Platt / Getty Images)

Steve Ballmer e Stephen Elop, CEOs da Microsoft e da Nokia, apresentam novos modelos Lumia em dezembro de 2012 (Spencer Platt / Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 4 de setembro de 2013 às 09h10.

Helsinque/Seattle - Dois anos depois de atrelar seu futuro ao sistema operacional Windows Phone, a Nokia caiu nos braços da Microsoft, aceitando a venda de suas operações com celulares para a gigante norte-americana por 5,44 bilhões de euros (7,2 bilhões de dólares).

A Nokia, que vai continuar como fabricante de equipamentos para telecomunicações e detentora de patentes, já foi a maior empresa de celulares do mundo, mas acabou superada por Apple e Samsung no competitivo segmento de celulares inteligentes.

O presidente da Nokia, Stephen Elop, que dirigia a área de software para empresas da Microsoft antes de ingressar na Nokia em 2010, vai agora retornar para a companhia norte-americana como presidente de suas operações com dispositivos móveis.

Ele está sendo cotado como um possível substituto ao atual presidente-executivo da Microsoft, Steve Ballmer, que vai se aposentar e está tentando transformar a companhia em uma empresa de aparelhos e serviços, como a Apple, antes de deixar o comando.

Em três anos sob o comando de Elop, a Nokia viu sua participação de mercado encolher e o preço de sua ação recuar em meio à aposta dos investidores de que sua estratégia fracassaria.

Em 2011, depois de escrever um memorando que afirmava que a Nokia estava ficando para trás e não tinha tecnologia para acompanhar o mercado, Elop tomou uma decisão controversa de usar o sistema operacional da Microsoft para smartphones, o Windows Phone, no lugar da própria plataforma desenvolvida pela Nokia ou do sistema criado pelo Google, o Android, hoje líder de mercado.

A Nokia, que teve uma participação de 40 por cento do mercado de celulares em 2007, agora tem 15 por cento, com uma presença ainda menor em smartphones, de 3 por cento.

A venda do negócio de celulares da Nokia não é a primeira reviravolta dramática da empresa em sua história de 148 anos. A companhia já vendeu de botas de borracha a televisores.

Mas o anúncio da venda foi um duro golpe para o país natal da empresa, a Finlândia, mesmo entre os investidores menos sensíveis, que viam a venda da empresa como uma chance final para salvar valor do grupo.

"Como finlandês, não posso gostar deste negócio. Ele encerra um capítulo da história da Nokia", disse Juha Varis, gerente de portfólio da Danske Capital. "Por outro lado, talvez tenha sido a última oportunidade de vendê-lo." A venda da divisão de celulares da Nokia para a Microsoft deve ser concluída no primeiro trimestre de 2014 e está sujeita à aprovação por acionistas da Nokia e autoridades.

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