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Nokia planeja vender sua divisão de cabos submarinos

A divisão, avaliada em torno de 800 milhões de euros, é uma das principais fornecedoras de redes de cabos submarinos no mundo

Nokia: o setor também é chave para a vigilância cibernética e segurança nacional (Jens Koch/Getty Images)

Nokia: o setor também é chave para a vigilância cibernética e segurança nacional (Jens Koch/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 3 de maio de 2017 às 17h53.

Paris- A finlandesa Nokia planeja vender sua unidade de cabos submarinos, um mercado que sustenta a internet global, disseram à Reuters duas fontes sindicais e uma do governo francês.

A divisão, avaliada em torno de 800 milhões de euros, é uma das principais fornecedoras de redes de cabos submarinos no mundo e foi comprada pela fabricante de equipamentos de telecomunicação, no ano passado, como parte de sua aquisição de 15,6 bilhões de euros da rival francesa Alcatel.

O governo francês considerou na ocasião o negócio estratégico para o país, já garante as conexões de internet de alta velocidade com os territórios ultramarinos e países africanos.

O setor também é chave para a vigilância cibernética e segurança nacional.

Ainda conhecida com Alcatel Submarine Networks (ASN), a unidade emprega cerca de mil pessoas, principalmente na França e Grã-Bretanha, e produz, implementa e mantém cabos submarinos.

É gerido como um negócio separado pela Nokia e os seus resultados são agregados aos da sua empresa-mãe.

"A intenção da Nokia de vender eventualmente a ASN foi expressa pela Nokia em várias ocasiões em conversações com o Estado e as partes interessadas, incluindo a equipe", disse uma das fontes.

"A ASN não é de fato um negócio central, de acordo com a Nokia", acrescentou a fonte.

A administração da Nokia na França informou a equipe internamente sobre as intenções do grupo, disseram duas fontes sindicais à Reuters.

O futuro da ASN tem sido incerto desde 2014, uma vez que a Alcatel também procurou alienar o negócio.

A Nokia disse anteriormente que estava considerando suas opções estratégicas para o negócio e mandou a empresa de auditoria EY avaliá-las para potencial venda.

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