Caminhões da Shell: a BG hoje é a principal sócia da Petrobras na produção de petróleo no pré-sal (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 14 de janeiro de 2016 às 16h00.
Londres - Duas semanas antes dos acionistas votarem sobre a proposta da anglo-holandesa Shell de aquisição da britânica BG por 48 bilhões de dólares, mais investidores demonstraram apoio ao acordo, apesar de persistentes preocupações sobre os efeitos da queda nos preços do petróleo no setor.
A BG hoje é a principal sócia da Petrobras na produção de petróleo no pré-sal e a segunda maior produtora de óleo e gás do país, atrás apenas da petroleira estatal.
A oferta já recebeu o apoio de vários grandes acionistas e consultores, com apenas alguns investidores argumentando publicamente contra o acordo, mesmo com a queda recente dos preços do petróleo abaixo de 30 dólares por barril pela primeira vez em 12 anos.
Na quinta-feira, a empresa britânica de consultoria para acionistas PIRC recomendou que acionistas votem a favor do acordo, que transformaria a Shell na maior negociante de gás natural liquefeito (GNL) do mundo e uma grande produtora de petróleo em águas profundas.
Dois outros grupos de consultoria, Glass Lewis e ISS, publicaram recomendações similares a investidores semana passada.
Mais cedo nesta semana, a Invesco, que está entre os 20 maiores acionistas da Shell, também apoiou o acordo, reforçando a impressão disseminada de que é um negócio fechado --mesmo que ainda não tenha refletido completamente nos preços das ações da BG.
"As chances de votos contra ultrapassarem o limiar dos 50 por cento (são) extremamente pequenas na minha opinião", disse o administrador de fundos de ações na Grã-Bretanha da Invesco, Martin Walker.