Negócios

Kirin recorrerá de decisão da Justiça sobre Schincariol

Advogado da cervejaria japonesa confirmou que vai entrar com recurso para defender a aquisição

Propaganda da Devassa, que pertence a Schincariol: juiz suspendeu a venda (Divulgação)

Propaganda da Devassa, que pertence a Schincariol: juiz suspendeu a venda (Divulgação)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de agosto de 2011 às 13h04.

São Paulo - A empresa japonesa de bebidas Kirin, que comprou 50,45% de participação da Schincariol dos irmãos Adriano e Alexandre Schincariol, por R$ 3,95 bilhões, vai recorrer da decisão da juíza Juliana Morais Bicudo, da 1ª Vara Cível de Itu, sobre a aprovação parcial da liminar que pede a suspensão da operação. A iniciativa foi informada pelo escritório Tozzini Freire, que representa a empresa japonesa no País.

Ontem, a 1ª Vara Cível de Itu (SP) aprovou parcialmente a liminar que pede a suspensão da venda do controle da Schincariol para o grupo japonês. O processo corre em segredo de Justiça. O recurso foi ajuizado pelo escritório Teixeira Martins & Advogados, em nome dos irmãos José Augusto, Daniela e Gilberto Schincariol Junior, sócios da holding Jadangil, que detém 49,55% da empresa.

Segundo apurou a Agência Estado, a decisão determina que os controladores da Schincariol que negociaram a venda não poderão levar à frente o negócio sob pena de terem de pagar uma multa de R$ 100 mil. A juíza determinou que os controladores Adriano e Alexandre Schincariol se "abstenham de praticar qualquer ato fundado no referido negócio jurídico", tendo de pagar a multa para "cada situação de inobservância".

Ainda de acordo com a decisão, a operação de venda do controle está suspensa integralmente e foi determinado ainda que Adriano e Alexandre exibam "todos os documentos que procederam, ou seja, de qualquer modo, relacionados à operação, incluindo, mas sem se limitar a cartas de intenções, memorandos de entendimentos, documentos anexos, instrumentos contratuais, sob pena de busca e apreensão". O prazo para que isso seja realizado é de até cinco dias a contar da data da decisão.

A juíza solicitou também que seja enviado ofício à Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp) "para que se abstenha de efetivar o arquivamento de qualquer ato societário tendo por fundamento o Contrato de Compra e Venda de Ações celebrado em 1 de agosto de 2011 ou qualquer outro documento que tenha por objeto a alienação das ações de emissão da sociedade Aleadri-Schinni Participações e Representações S.A".

O pedido de busca e apreensão dos livros da holding de Alexandre e Adriano Schincariol não foi acolhido e a juíza decretou segredo de Justiça no processo, por conta dos documentos que deverão ser apresentados.Procurados, os advogados de Alexandre e Adriano Schincariol, do escritório Mattos Filho, não se pronunciaram sobre o assunto.

Acompanhe tudo sobre:BebidasEmpresasEmpresas japonesasJustiçaKirinSchincariol

Mais de Negócios

Como o Brasil entrou no top 3 desta gigante suíça que fatura US$ 3 bilhões com skincare e injetáveis

De tabuleiro a parceira com o Japão: a milionária aposta do Ceará em jogos

Pop Mart dispara após aumento de mais de cinco vezes na receita internacional no 3º trimestre

Sem investidores, startup deve faturar milhões com 'remendas' para melhorar a gestão das empresas