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JBS acha que expansão não interfere em aval do Cade

A fusão com o Bertin foi anunciada em setembro de 2009 e ainda está sob análise do órgão antitruste com previsão para julgamento neste ano

Informação é de Wesley Batista, presidente do frigorífico JBS (Germano Lüders/EXAME)

Informação é de Wesley Batista, presidente do frigorífico JBS (Germano Lüders/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 16 de maio de 2012 às 13h58.

São Paulo - O presidente do Grupo JBS, Wesley Batista, afirmou nesta quarta-feira, em conversas com analistas, investidores e imprensa, que o movimento da companhia em incorporar - por aquisição ou arrendamento - unidades de bovinos no país não interferirá no julgamento do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) sobre a fusão com Bertin. "Não vejo problemas pois estamos analisando as oportunidades e verificando a concentração estado por estado, amparado por um parecer que já foi divulgado pela Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae)", explicou o executivo.

A fusão com o Bertin foi anunciada em setembro de 2009 e ainda está sob análise do órgão antitruste com previsão para julgamento neste ano. Em 29 de abril do ano passado, a Seae recomendou a venda de unidades de abate ou parte dela nos Estados de Goiás e Minas Gerais, na mesma proporção que a JBS tinha no mercado no ano da operação.

O executivo não citou a lista completa das 12 unidades incorporadas neste primeiro trimestre. "Tem as do Guaporé Carne, Santa Marina, River, Ponta Porã, mas não contam as do Independência ainda. Tem uma unidade no Paraná e duas em São Paulo, e o resto distribuídas em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Rondônia, Acre e Pará, regiões onde a oferta de boi está maior", afirmou. "Hoje, estamos operando a uma utilização de capacidade instalada ao redor de 80%, bem melhor do que o primeiro trimestre", completou.

Questionado sobre o que está acontecendo com as empresas do setor que estão dispostas a alugar ou vender seus ativos ante a um cenário favorável do ciclo pecuário nacional, com maior oferta de animais para o abate, Batista disse que esse benefício não é estendido a todos do setor. "Esse ciclo favorável da pecuária não é para todo mundo. Se você pegar nosso exemplo, temos escala, acessos aos mercados, mix maior de produtos, então não dá para colocar todos os operadores no mesmo nível", explicou. "Tinham alguns frigoríficos que fizemos negócio que operava somente mercado interno, por exemplo", completou.

Frigorífico Independência

Na terça-feira os credores do frigorífico Independência, em recuperação judicial desde maio de 2009, aprovaram a oferta de compra de ativos apresentada pelo Grupo JBS por um valor total de R$ 268 milhões. Entretanto, a finalização da compra dos ativos do frigorífico Independência pelo Grupo JBS ainda depende do aval de outros credores que não foram inseridos no plano da recuperação judicial. "Ontem foi a primeira etapa. Não dá para prever em quanto tempo vamos fechar o negócio", comentou Batista. Entretanto, a validade da proposta da JBS é de 90 dias, contados a partir de terça-feira.

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