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Investidores nos EUA entram com ação contra a Repsol

A empresa é acusada de não ter alertado investidores da possibilidade de ser nacionalizada antes de realizar uma oferta pública de ações


	Logotipo da Repsol: além da empresa, emissores de títulos de sua oferta de ações também são alvos da ação dos EUA
 (Andrea Comas/Reuters)

Logotipo da Repsol: além da empresa, emissores de títulos de sua oferta de ações também são alvos da ação dos EUA (Andrea Comas/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 6 de fevereiro de 2013 às 18h41.

Buenos Aires - Investidores nos Estados Unidos iniciaram uma demanda contra a petrolífera argentina Repsol, nacionalizada em abril de 2012. Eles argumentam que a empresa não os alertou sobre o risco da nacionalização antes de realizar uma oferta pública de ações em março de 2011. A ação foi apresentada à Corte Federal de Manhattan por um fundo de pensão de Michigan, nesta terça-feira.

O fundo acusa a YPF e os emissores dos títulos - os bancos Credit Suisse, Goldman Sachs e Morgan Stanley, de distorcer e omitir informação chave no prospecto e em outros documentos da oferta pública de ações no valor de US$ 1,070 bilhão. Na denúncia, o fundo destaca que a ADR da YPF foi ofertada por US$ 41 e, apenas dois depois da oferta, o preço caiu para US$ 13,12.

A denúncia envolve executivos da companhia argentina e da espanhola Repsol, que tinha maioria das ações controladoras da YPF antes da nacionalização. O governo de Cristina Kirchner não foi apontado na causa. O fundo alegou que a YPF prejudicou seus acionistas ao não informar-lhes que enfrentavam um elevado risco de nacionalização. O anúncio oficial de 51% das ações em mãos da Repsol foi realizado em 16 de abril de 2012, mas o curto circuito entre o governo e a companhia começou muito antes, por causa do declínio da produção e da remessa de lucros que engrossava o fluxo de saída de divisas do país.

O governo argumentou que a Repsol não investiu o suficiente na companhia para aumentar a produção de gás e petróleo, levando a uma brutal queda da exploração e dos volumes produzidos. A Repsol também leva adiante uma ação pela nacionalização da YPF, mas com denúncias contra o governo argentino. Até o momento, a companhia não recebeu nenhuma remuneração pela perda de 51% de suas ações na petrolífera.

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